«Projeto +Próximo» partiu da Caritas Nacional, que pretende mobilizar todas as comunidades cristãs na assistência aos mais necessitados
Lisboa, 28 set 2011 (Ecclesia) – A Caritas de Portalegre-Castelo Branco está a “trabalhar intensamente” na criação de “grupos paroquiais de ação social” que permitam dar uma resposta mais imediata às dificuldades das pessoas, em contexto de crise.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o presidente daquele organismo católico pede aos fiéis “que cooperem com esta iniciativa, no sentido de se organizar a Caridade em toda a diocese”.
“Enquanto pressuposto para um serviço comunitário, o amor também tem necessidade de organização” diz Elicídio Bilé, aludindo às palavras do Papa Bento XVI na sua encíclica “Deus Caritas Est”.
Numa primeira fase, a Caritas diocesana vai “disponibilizar formação qualificada para agentes da ação social”, que depois deverão garantir a transmissão desses conhecimentos a todos quantos estejam interessados em participar.
Trata-se de uma iniciativa inserida no “Projeto +Próximo”, através do qual a Caritas Portuguesa pretende “criar um processo de reorganização e rejuvenescimento da pastoral social” em todas as comunidades cristãs.
Responde também a um desafio lançado este mês em Fátima pela Comissão Episcopal da Pastoral Social, durante o 27º Encontro da Pastoral Social.
Aquele organismo divulgou um documento intitulado “Serviços Paroquiais de Ação Social – para uma cultura da dádiva”, com “indicações práticas” para a constituição de equipas solidárias a nível local.
Presente no evento, o presidente da Caritas nacional sublinhou que sem uma estrutura deste género, em cada paróquia, será “muito mais difícil” atender “às situações de grande dificuldade económica que as pessoas estão a viver”.
Eugénio Fonseca considerou ainda que se os grupos paroquiais de ação social “tivessem como preocupação a análise da realidade, a Igreja teria um instrumento fundamental de apoio aos governantes”, na definição de “soluções mais adequadas”.
JCP