Portalegre-Castelo Branco: Comissão Diocesana Justiça e Paz rejeita que guerra entre Rússia e Ucrânia se trate «de uma luta entre capitalistas e comunistas»

Organismo católico escreveu mensagem quaresmal, com o título «A promoção da paz e da estabilidade»

Foto: Lusa/EPA

Portalegre, 31 mar 2025 (Ecclesia) – A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco publicou uma mensagem para esta Quaresma, enviada hoje à Agência ECCLESIA, com referência à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que rejeita ser “uma luta entre capitalistas e comunistas”.

“É preciso ter consciência de que não se trata de uma luta entre capitalistas e comunistas, pois é um problema entre países capitalistas que possuem heranças muito próximas e o parentesco entre russos e ucranianos pode auxiliar a pensar que são todos irmãos, como o Papa Francisco reforçou na terceira encíclica “Fratelli Tutti” (Todos Irmãos) ao argumentar em favor da fraternidade e da amizade social”, pode ler-se no texto.

Intitulada “A promoção da paz e da estabilidade”, a mensagem começa com a afirmação de que “as guerras e os conflitos político-partidários não surgem do nada; possuem razões que quando analisadas aparecem as questões étnicas, religiosas, económicas e territoriais que estão por detrás”.

“Mas, não importa o motivo: matar ou aniquilar o outro é sempre um erro, porque nascemos para viver como irmãos!”, refere a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco, que acrescenta que no “contexto da guerra Rússia-Ucrânia não ajuda nada ser superficial em tentar identificar os heróis e os bandidos”.

“Na reflexão da quaresma 2025 da Comissão Nacional Justiça e paz diz-se que de facto, o ‘juntos’ não é um amontoado, mas a presença fraterna num ‘caminhar com’, por mais autossuficientes que nos consideremos”, escreve o organismo.

A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco alerta defende que “Intitulada “A promoção da paz e da estabilidade”, a mensagem começa com a afirmação de que “as guerras e os conflitos político-partidários não surgem do nada; possuem razões que quando analisadas aparecem as questões étnicas, religiosas, económicas e territoriais que estão por detrás”.

“Mas, não importa o motivo: matar ou aniquilar o outro é sempre um erro, porque nascemos para viver como irmãos!”, refere a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco, que acrescenta que no “contexto da guerra Rússia-Ucrânia não ajuda nada ser superficial em tentar identificar os heróis e os bandidos”.

“Na reflexão da quaresma 2025 da Comissão Nacional Justiça e paz diz-se que de facto, o ‘juntos’ não é um amontoado, mas a presença fraterna num ‘caminhar com’, por mais autossuficientes que nos consideremos”, escreve o organismo.

A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco defende que as “missões de manutenção da paz e resolução de conflitos político-partidários devem esforçar-se por defender a dignidade inerente à pessoa humana, dando a máxima prioridade à proteção dos vulneráveis, o que não inclui apenas a proteção física”.

Além disso, o organismo sublinha “também a necessidade de controlar as violações dos direitos humanos, assegurando simultaneamente que todos possam gozar plenamente os seus direitos humanos e as liberdades fundamentais”.

A história de Caim e Abel dá, segundo a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco, “lições poderosas sobre a natureza humana, os perigos do mal e a importância das nossas escolhas”.

“Ao refletirmos sobre a origem desse conflito, o significado das ofertas e as consequências que se seguiram, percebemos que essas narrativas não são meras histórias do passado, mas reflexões sobre os nossos comportamentos atuais”, indica.

Segundo a comissão, é fundamental que cada um “examine as suas atitudes, escolha agir com integridade e procure a reconciliação, evitando os erros de Caim”, realçando que “a mensagem de amor e perdão presente nas Escrituras é atemporal e essencial para transformar a sociedade onde vivemos”.

“Devemos aprender que cada ato de adoração e cada oferta que fazemos devem ser dados de forma sincera, e que aprender a lidar com os nossos sentimentos negativos é crucial para uma vida harmoniosa e um mundo de paz e justiça”, declarou.

O organismo católico adverte que “uma vez que uma paz justa e duradoura não nasce apenas de estruturas e estratégias, mas tem de ser semeada pelas pessoas, é tarefa e responsabilidade de todos serem arquitetos e artesãos da paz”.

“Podemos assim construir um futuro onde a paz e a justiça prevaleçam”, concluiu a mensagem.

LJ/OC

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