Elicídio Bilé destaca resposta rápida no acolhimento aos refugiados e partilha trabalho e serviço da organização
Portalegre, 20 mar 2022 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco, em contexto de Semana Nacional Cáritas, disse que têm a “grande preocupação” de ter uma instituição “bem estruturada” e que “possa estar atenta e responder aos problemas do mundo de hoje”.
“O grande momento do Dia da Cáritas é esta semana que foi tão rica com o acolhimento de refugiados, que penso que é o melhor sinal que podemos dar com este espírito Cáritas”, disse Elicídio Bilé, em declarações à Agência ECCLESIA.
‘O amor que transforma’ foi o tema da semana nacional que a organização católica viveu desde o dia 13, e que termina hoje, 20 de março, com o Dia Cáritas; Ao longo desta semana foram recebidos refugiados da Ucrânia, que também foram acolhidos com o apoio da Cáritas em diversas regiões de Portugal.
Esta segunda-feira, dia 21, a Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco e diversas instituições parceiras vão receber 55 pessoas da Ucrânia.
“Tenho como norma que não somos capazes de fazer tudo, e tudo bem-feito, e trabalhando em parceria, integrando projetos e atividades que outros desenvolvem, ou eles participarem das nossas, o resultado final é muito mais rico”, afirma Elicídio Bilé.
Para além da colaboração ativa com o Município de Portalegre e outras entidades, o entrevistado exemplificou que atribuem “um prémio à melhor tese de mestrado” dos alunos dos Institutos Politécnicos de Portalegre e de Castelo-Branco, que “é poderem editar o trabalho que realizaram”.
Segundo o presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco, na “grande preocupação” de terem uma organização “bem estruturada”, “e que possa estar atenta e responder aos problemas do mundo de hoje”, departamentalizaram a ação e criaram “alguns departamentos”, na área da animação pastoral, na área social, “um apoio concreto às famílias”, no setor da formação, “que é muito importante”, para os colaboradores internos, os voluntários, e para as pessoas que acompanham e apoiam.
A instituição católica tem uma área de apoio ao emprego, com um “prospetor de emprego que visita empresas, recolhe as ofertas”, e o seu responsável realça ainda o Plano Institucional de Resposta a Emergências e Catástrofes (PIREC), porque são “muito fustigados por catástrofes naturais”, entre outras emergências, “como foi o caso da pandemia”.
Elicídio Bilé conta ainda que “gostaria de criar” um Departamento de Comunicação, mas tem “tido muitas dificuldades” em encontrar voluntários nesta área, e no geral, pessoas “que queiram disponibilizar-se a médio prazo é uma grande dificuldade”.
O peditório de rua é uma das iniciativas características da Semana Nacional Cáritas, mas as dádivas ofertas solidárias também podem ser realizadas online, e Elicídio Bilé adianta que “por causa da pandemia” não estão a dinamizar esta ação, “os voluntários têm algum receio”, e também pela pouca adesão das paróquias, “em 161 eram cerca de 10 que faziam”.
“O dinheiro é muito importante, faz-nos muita falta, só temos aquilo que nos dão, e esta seria uma oportunidade mas achamos preferível associarmo-nos à campanha nacional da Cáritas Portuguesa”, disse o presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco, que tem a opinião que devem “reformular este tipo de situação”.
Elicídio Bilé adianta ainda que escreveu um texto que divulgou pelas paróquias, e incentivou os párocos a promoverem “alguma iniciativa para que esta Semana Cáritas fosse sentida pela comunidade cristã”.
CB