Portalegre-Castelo Branco: Bispo diz-se «pequeno» para encarar sínodo e pede a participantes para darem «o melhor»

«É em nós que o povo desta nossa Igreja diocesana confia o discernimento dos seus sinais», afirmou D. Antonino Dias

Portalegre, 20 nov 2012 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco disse este sábado em Portalegre que se sente “pequeno» para encarar o sínodo que decorre na diocese, acontecimento que classificou de “capital importância” para a Igreja Católica local.

No discurso que proferiu na abertura da assembleia sinodal, enviado à Agência ECCLESIA, D. Antonino Dias exortou, “com humildade e confiança, a que todos deem o melhor de si próprios para que o melhor venha ao de cima e aconteça”.

“Todos esperamos participação no diálogo a ter, no trabalho a desenvolver, na responsabilidade a sentir, nas votações a fazer”, frisou o prelado, que pediu aos membros do sínodo para reconhecerem o seu “dom” e o colocarem “a render ao serviço da comunidade”.

D. Antonino Dias lembrou aos membros do sínodo, que decorre sob o lema “O dom está em ti”, que as suas decisões vão ter consequências nos fiéis da diocese.

“É em nós que o povo desta nossa Igreja diocesana confia o discernimento dos seus sinais, da sua reflexão e das suas propostas, para que todos possamos ‘ousar’ novos caminhos de ação para anunciarmos, com alegria e esperança, o Senhor Jesus Cristo”, vincou.

Para D. Antonino Dias o crescimento na “fé”, “santidade” e “solidariedade” das comunidades católicas só será possível “pela escuta da Palavra, pela catequese, pela beleza da liturgia, pela receção dos sacramentos e pelo testemunho convicto de cada um”.

Os 89 delegados (44 leigos, 31 padres, 10 religiosas e 4 diáconos permanentes) convocados pelo bispo foram distribuídos por sete grupos de trabalho que, “com plena liberdade, analisarão, debaterão, reformularão e votarão as propostas elaboradas pela Comissão Coordenadora do Sínodo”, revela um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

As 142 propostas constam de um caderno próprio, chamado ‘Instrumento de Trabalho’, distribuído previamente a todos os delegados, e dizem respeito ao tema geral «Evangelização e Igreja no mundo».

O tema central foi desdobrado em cinco assuntos: “Igreja diocesana, que dizes de ti mesma?”; “O mesmo Jesus Cristo e nova evangelização”, “Estruturas de participação (paróquia, arciprestado e diocese)”, “Formação cristã de adultos, jovens, adolescentes e crianças)” e “A celebração da fé”.

Os sínodos diocesanos são assembleias consultivas destinadas a discutir questões importantes das Igrejas particulares.

De acordo com o Código de Direito Canónico (CDC) devem ser convocados pelo bispo quando “as circunstâncias o aconselharem”, depois de ouvido o Conselho Presbiteral, órgão constituído por representantes dos padres.

RJM / LFS

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