D. Antonino Dias qualificou de «sério, bonito e festivo» o trabalho realizado e disse que «futuro é esperançoso e será motivador»
Portalegre, 02 jan 2013 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco qualificou este sábado de “sério, bonito e festivo” o trabalho realizado nas sessões inaugurais do sínodo diocesano, que ocorreram a 17 de novembro, 1 e 29 de dezembro.
“Interessados e animados a partir das nossas comunidades, temos contribuído para ver, ler e analisar a realidade que somos, para debater ideias e apresentar as propostas que o Espírito nos vai suscitando”, afirmou D. Antonino Dias na Sé de Portalegre, refere a página da diocese.
Na missa que marcou a conclusão da primeira assembleia sinodal, composta pelos três encontros, o prelado sublinhou que “já muito foi refletido e sugerido pelas comunidades que, informadas, motivadas e acompanhadas pelos seus pastores, quiseram dizer presente e dar, com alegria e esperança, o seu contributo” à diocese.
Depois de expressar a sua “sentida gratidão” pelo trabalho e oração oferecidos pelos grupos de reflexão constituídos nas paróquias e comissões de coordenação, o bispo apelou à renovação dos “propósitos de participação” dos fiéis e pediu-lhes que aumentem “o empenho, a alegria e o entusiasmo” nos seus contributos.
“O futuro é esperançoso e será motivador”, disse D. Antonino Dias, adiantando que a Pastoral Familiar vai ser objeto de reflexão sinodal no ano pastoral de 2013-2014.
A última sessão da assembleia sinodal, que teve lugar no Seminário de Portalegre, começou com uma intervenção do prelado centrada “na diversidade na unidade” dentro da Igreja Católica.
“Ninguém tem a posse de todos os dons como ninguém pode dizer que não precisa do dom do outro e do dos outros. Todos são complementares e precisam uns dos outros para servir o todo, a Igreja, a missão comum de evangelizar”, vincou.
Por isso, salientou, “não aproveita nem à Igreja nem a si mesmo aquele membro que não trabalha para o crescimento do corpo segundo a própria capacidade e o seu lugar, e sem ceder à tentação de se comparar para se enaltecer ou inferiorizar”.
D. Antonino Dias lembrou que em “todos os batizados” há “verdadeira igualdade quanto à dignidade e à ação comum” na edificação da Igreja.
“Os ministérios e serviços dentro da corresponsabilidade diferenciada na nossa Diocese também devem ser objeto da nossa reflexão sinodal. Não só quanto ao seu perfil e acolhimento, mas também quanto à sua formação, missão e vida comunitária e testemunhal, incluindo, como é evidente, o ministério ordenado [sacerdócio]”, apontou.
O responsável frisou que “quanto maior e melhor for a evangelização, a catequese, a dinâmica sacramental e a formação constante das comunidades tanto maior será a qualidade de vida das comunidades cristãs”, ainda que surjam “desentendimentos, pretensões e atropelos”, à imagem do que sucedeu nas primeiras comunidades cristãs.
Os sínodos diocesanos são assembleias consultivas destinadas a discutir questões importantes das Igrejas particulares.
De acordo com o Código de Direito Canónico, devem ser convocados pelo bispo quando “as circunstâncias o aconselharem” e as suas decisões só podem ser publicadas com a autorização do prelado.
RJM