Pe. Federico Lombardi revela que Bento XVI está impressionado com o acolhimento
O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, revelou hoje muitas reservas sobre a possibilidade de Bento XVI regressar a Portugal em 2017, para celebrar o centenário das aparições em Fátima.
“O Papa é muito prudente no que diz respeito às suas actividades nos anos seguintes, diz sempre «veremos, se Deus quiser»”, lembrou aos jornalistas, frisando que Bento XVI “não assume compromissos concretos” com tanta antecedência.
Ainda assim, o Pe. Lombardi acredita que “se o Papa estiver bem, daqui a 7 anos, é muito possível que tome em consideração voltar”.
Bento XVI disse na sua homilia do 13 de Maior aos fiéis presentes que em 2017 “voltareis aqui para celebrar o centenário da primeira visita feita pela Senhora «vinda do Céu»”, evitando utilizar a primeira pessoa.
O Pe. Lombardi revelou ainda que o Papa está “muito contente pela forma como tem corrido a viagem e com o acolhimento dos portugueses”.
O director da sala de imprensa da Santa Sé mostrou o seu apreço pela manifestação “rara” de fé “popular e viva” em Fátima, com uma presença massiva de pessoas.
Falando em meio milhão de participantes nas celebrações desta manhã, o director da sala de imprensa da Santa Sé, diz ter percebido melhor porque era a “quinta vez que um Papa vinha a Portugal”.
O responsável abordou alguns dos temas abordados por Bento XVI na homilia desta manhã, destacando a “universalização” da graça recebida pelos Pastorinhos.
A dimensão “profética” da mensagem de Fátima foi também destacada, com o porta-voz a defender a necessidade de compreender a “leitura prospectiva e não fechada sobre factos” feita pelo Papa.
O Pe. Lombardi lembrou ainda que Bento XVI retomou o tema da consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, “pedida por Nossa Senhora de Fátima”.
A respeito da imagem pública do Papa, o porta-voz do Vaticano considera que “as últimas três viagens foram muito encorajadoras, muito positivas, não foram surpresas”.
Bento XVI visitou Malta em Abril, a cidade italiana de Turim a 2 de Maio e agora visita Portugal, “um povo habituado a perceber a mensagem da conversão, da penitência”.