O director dos serviços de informação do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, comentou as últimas movimentações tendentes a contrariar a grave crise financeira que atinge as economias mais desenvolvidas, frisando que esta situação mostra que “poderia fazer-se mais pelo desenvolvimento”. A análise das “urgências da economia global” é feita no último editorial do programa Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano. “Os compromissos económicos assumidos de forma intempestiva para salvar o sistema financeiro norte-americano e de repercussão internacional são impressionantes nas suas dimensões”, reconhece. Neste contexto, o Pe. Lombardi assinala que o esforço para salvar da crise as economias mais desenvolvidas é muito superior à ajuda total internacional mundial para os países em vias de desenvolvimento. “Sem deixar de considerar a urgência para superar esta crise”, o porta-voz do Vaticano pergunta: “Não se pode e não se deve fazer mais para salvar as economias e promover o desenvolvimento dos países mais pobres?”. O Pe. Lombardi conclui recordando as palavras que Bento XVI pronunciou no Angelus do dia 21 de Setembro, quando afirmou que o compromisso por erradicar a pobreza e as pandemias, “ainda que exija especiais sacrifícios neste momento de dificuldades económicas mundiais, não deixará de produzir importantes benefícios, tanto para o desenvolvimento das nações que precisam de ajuda do exterior como para a paz e o bem-estar de todo o planeta”. Redacção/Zenit