D. Virgílio Antunes destaca comunidade cristã e civil empenhada na sociedade
Pombal, Leiria, 23 fev 2015 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Coimbra, na homilia da visita pastoral à Paróquia de Pombal, apelou e incentivou à catequese de adultos para os batizados que são “católicos para estatísticas” e para os que “ainda não conheceram Jesus”.
“Na diocese estamos a procurar fazer o primeiro anúncio porque há muitos homens e mulheres que ainda não conheceram Jesus com a inteligência, a razão e sobretudo com o coração”, assinalou D. Virgílio Antunes.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado de Coimbra explicou que a fé cristã “nem sempre” foi acolhida como algo que “dá esperança e confiança” e nesse sentido, a Igreja diocesana tem procurado os homens e mulheres que não conheceram este anúncio.
Desta forma, referiu-se também às pessoas que pelas “circunstâncias da vida” acabaram por perder a alegria, o entusiasmo, a frescura de uma fé que “porventura tiveram enquanto crianças” e aos batizados que sendo católicos para estatísticas “não se sentem autenticamente membros da Igreja”.
“Dá trabalho porque ocupa tempo, porque não me identifico com os valores, porque perdi a afeição”, analisou D. Virgílio Antunes que frisou que vão procurar ajudar as pessoas através de atividades a “compreenderem que têm de ser Deus sim, Igreja sim ou Igreja também.
“A Igreja em comunidade cristã tem as suas exigências que nem sempre é simples nem fácil, são realidades que não podem separar-se”, acrescentou.
Segundo o bispo de Coimbra, pretende-se que a comunidade cristã seja “mais consciente da sua fé”.
“É difícil para muitos adultos compreenderem a necessidade de conhecer em maior profundidade o mistério da sua fé para aderir de coração à mesma fé a Deus por meio de Jesus Cristo”, desenvolveu na Paróquia de Pombal.
Neste contexto, pediu à comunidade cristã que esteja atenta “às propostas” e “aos caminhos que se vão trilhando” em conformidade com a Igreja Diocesana e Universal, o magistério do Papa Francisco.
“A vossa comunidade tem potencialidades, capacidades, forças vivas mas não dispensa com as nossas debilidades e fraquezas de fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance para que a Igreja de Cristo brilhe como sacramento universal de salvação”, apelou D. Virgílio Antunes.
Sobre a visita pastoral, onde contactou com pessoas em escolas, instituições de solidariedade social, de atividades autárquicas, públicas e capelas, o bispo destacou a “grande alegria” de homens e mulheres disponíveis para a evangelização e uma “sociedade civil entusiastas pelas suas causas” que “quase na totalidade” está “imbuída” de espírito cristão.
Apesar das “dificuldades” de caracter económico, de emprego, união familiar, o bispo encontrou homens, mulheres e famílias que querem “assumir plenamente” a condição de pessoa, de família, de trabalhadores “dentro dos valores cristãos”.
“Tem correspondido ao que projetamos, preparamos e acreditamos que Deus pede quando nos envia a ir de terra em terra, pessoa a pessoa, casa a casa”, observa.
D. Virgílio Antunes explicou que a visita pastoral está enquadrada nos objetivos e planos da Igreja do tempo atual, de forma concreta da Diocese de Coimbra.
“O bispo tem responsabilidade de anunciar Evangelho, celebrar a fé cristã e ser portador de esperança, da aliança que Deus fez connosco e aceitamos fazer com ele”, exemplificou o prelado na homilia.
CB