Muitos colocaram em causa «o seu bem-estar e mesmo a vida pela sua pátria perdida», lembra Francisco
Cidade do Vaticano, 09 nov 2018 (Ecclesia) – O Papa enviou hoje uma mensagem aos bispos católicos da Polónia, por ocasião dos 100 anos da independência do país, onde destaca o empenho daquela nação na busca da liberdade.
Na missiva, dirigida ao presidente da conferência episcopal polaca, D. Stanisław Gądecki, Francisco recorda a memória de todos aqueles que “sacrificaram a sua liberdade pessoal, o seu bem-estar e mesmo a vida pela sua pátria perdida”.
Ao longo dos anos, a Polónia conheceu diversos períodos de domínio estrangeiro, primeiro sob o jugo de potências como a Rússia e a Áustria, mais tarde também da União Soviética e da Alemanha.
Mesmo depois de recuperar a independência, em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, naquela que ficou conhecida como a ‘Segunda República Polaca’, esta nação continuou a ver o seu percurso marcado pela tragédia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Polónia foi o país mais atingido pela guerra, com mais de seis milhões de mortos, metade dos quais judeus.
Ao mesmo tempo, a nação polaca foi um dos países que mais contribuiu para o esforço de guerra contra o poder nazi, só suplantada pela União Soviética, o Reino Unido e os Estados Unidos da América.
O Papa realça a forma como, a seguir à primeira afirmação de independência, a 11 de novembro de 1918, os polacos tiveram de trabalhar juntos “em busca da unidade, apesar das diferenças, de modo a reconstruir um país e a preservar as suas fronteiras”.
Francisco não esquece, nesta mensagem, a figura de João Paulo II, o Papa polaco, que foi consagrado como santo pela Igreja Católica, considerando-o “uma testemunha especial deste século”.
“Que a providência de Deus conceda à nação polaca a paz e a prosperidade, agora e no futuro”, concluiu.
JCP