Políticos com opções contrárias à orientação da Igreja geram polémica nos EUA

A discussão sobre a administração ou não dos Sacramentos a políticos que se manifestem publicamente contra as orientações da Igreja Católica está a agitar os EUA e o Vaticano. Segundo o jornal italiano “La Reppublica”, o próprio Cardeal Joseph Ratzinger manifestou o seu apoio aos Bispos norte-americanos que negaram a Comunhão a pessoas com posições contrárias às da Igreja. O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé terá mesmo enviado uma carta oficial à Conferência Episcopal dos EUA, onde se sugere que as pessoas que “vivam gravemente em pecado” ou que “rejeitem a doutrina da Igreja”, se abstenham de comungar. A discussão ganhou um maior relevo com a candidatura às presidenciais do democrata John Kerry, católico, mas favorável ao aborto. Os mais conservadores dos 275 Bispos norte-americanos, como D. Raymond L. Burke, arcebispo de Saint Louis, e D. Charles J. Chaput, arcebispo de Denver, manifestaram-se recentemente contra aqueles que dão a Comunhão a pessoas com posições públicas contrárias ao ensinamento da Igreja Católica. O argumento destas posições é o de que a Igreja tem o direito de ser ouvida na opinião pública, sempre que estejam em questão assuntos morais importantes. Temas como o aborto são assim definidos, em primeiro lugar, como matérias religiosas, internas à vida da Igreja.

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