Política: Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa espera novo Governo «que intervenha e não deixe as coisas ficar na mesma»

D. José Ornelas destaca necessidade «encontrar convergências de bases fundamentais» e critica populismos que «nunca apresentam um projeto definido para nada»

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Fátima, 18 jun 2025 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, referiu hoje que espera que o novo Governo seja interventivo e capaz de provocar mudanças no país.

“Aquilo que é importante é que haja um governo que governe, uma posição que controla e que intervenha e que não deixe as coisas ficarem na mesma”, disse o responsável católico, em declarações aos jornalistas, após a conclusão das Jornadas Pastorais da Conferência Episcopal Portuguesa, em Fátima.

D. José Ornelas observa que “toda a gente” sente necessidade de transformação da forma de intervenção do Estado, mas também das “forças vivas da nação”, em diversos pontos de vista: social, económico, tecnológico.

“Do ponto de vista mesmo das próprias ideias, porque senão aí sim é muito fácil cairmos no desânimo”, realçou.

O presidente da CEP destaca que a “nobre missão da política” tem como objetivo “procurar convergências e entendimentos” para se “construir um futuro melhor” e “isso não pode andar simplesmente de eleição em eleição, cada vez mais próximas umas das outras”.

“Temos de encontrar convergências de bases fundamentais, sem as quais não vamos funcionar. [Caso contrário] vamos dar voz aos manipuladores. E aos populismos. E aos populismos que se valem disto, que dizem hoje uma coisa, amanhã dizem outra, mas que nunca apresentam um projeto definido para nada”, afirmou.

D. José Ornelas salienta que “o país disse que não quer autoritarismos, e por isso também não deu esse poder a nenhum partido, mas disse que é preciso que haja entendimento entre as diversas mais do que legítimas conceções de Estado” para “transformar a sociedade para aquilo que se espera”.

A Assembleia da República aprovou hoje o programa do XXV Governo Constitucional, que tomou posse a 5 de junho, após novas eleições legislativas realizadas no dia 18 de maio.

OC/LJ

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