Política israelita na Cisjordânia comparada ao apartheid sul-africano

A política de Israel de limitar estradas e vias de comunicação na Cisjordânia recorda a política do regime sul-africano do “apartheid”. Essa é a conclusão de um relatório do centro israelita de direitos humanos “B’Tselem”, com sede em Jerusalém. Segundo o relatório, a população palestiniana é obrigada a deslocar-se num emaranhado de bloqueios militares, ao longo de estradas classificadas como “reino das estradas proibidas”. Além disso, o relatório aponta as dificuldades diárias a que são submetidos os motoristas da Cisjordânia para enfrentar os limites impostos pelo exército israelita, na sua estratégia anti-terrorismo. Segundo os autores do relatório, as limitações de diversos géneros são impostas em 734 km de estradas. O documento elaborado pelo centro israelita de direitos humanos indica que, em 124 km de estradas, os palestinianos são proibidos de transitar. Outras vias de comunicação – pouco mais de 250 km – podem ser utilizadas somente por quem, entre os moradores da Cisjordânia, possui uma autorização especial. Para os autores da pesquisa, o encerramento das estradas aos palestinianos “é uma decisão racista, de uma política que atinge indiscriminadamente todos os palestinianos e, por isso, desrespeita os direitos humanos e desrespeita o direito internacional”.

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