INE revela dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento
Lisboa, 13 jul 2012 (Ecclesia) – Um em cada cinco portugueses experimenta “privação material” e 8,3 por cento vivem em condições “muito severas”, revela hoje o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento 2011 do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O documento, divulgado pelo site da organização, destaca que se agravou “ligeiramente” a insuficiência de rendimento das pessoas em risco de pobreza face ao rendimento líquido monetário mediano, com uma taxa de intensidade da pobreza de 23,2 por cento (22,7 por cento no ano anterior).
A população residente em risco de pobreza foi de 18 por cento e o impacto das transferências sociais (excluindo pensões) na redução do risco de pobreza “diminuiu de 8,5 pontos percentuais (p.p.) em 2009 para 7,3 p.p. em 2010”.
A taxa de risco de pobreza das famílias com crianças dependentes aumentou para 20,1 por cento, mais 2 pontos percentuais do que o valor registado para o total da população residente, informa o INE.
A “privação material severa” reduziu-se, atingindo 8,3 por cento da população residente em 2011 face a 9 por cento no ano anterior.
O inquérito mostra também que “aumentou ligeiramente o distanciamento entre a população com mais e menos recursos monetários”.
Os indicadores de privação material baseiam-se em nove itens representativos das “necessidades económicas e de bens duráveis das famílias”.
OC