A Plataforma Cidadania Casamento culpa o presidente da República de ter aberto uma “crise política” que vai ter como consequência a “divisão da sociedade portuguesa num momento em que é tão necessária a coesão nacional”.
A crítica, expressa num comunicado com data de 18 de Maio, é apontada à promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo por parte de Cavaco Silva.
Os responsáveis por aquele Organismo dizem não “compreender a indiferença do Presidente perante aquele que é o sentir da sociedade portuguesa seja na rejeição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, seja na defesa da realização de um referendo sobre a matéria”.
Esta interpretação da vontade da população é baseada nas “100 mil pessoas” que “em três semanas apenas subscreveram uma Iniciativa Popular de Referendo”, nas sondagens e na “maioria da opinião publicada”.
“Consideramos mais ‘compreensível’ que o governo socialista tenha imposto a ditadura do silêncio no parlamento no momento de voto do referendo impedindo a realização do mesmo, do que o Presidente de todos os portugueses ter tomado uma posição que viabiliza a todo o custo esta lei, não defende o verdadeiro interesse das famílias nem o interesse nacional, (a)funda a sua posição em “razões” desconexas e defrauda aqueles que em si votaram”, salienta o comunicado.
“Sem as muletas do Presidente” a lei “arrisca-se a tropeçar”, acrescenta a nota, que termina com a convicção de que esta legislação vai ser referendada “mais tarde ou mais cedo”.