Bispo de Beja diz que modelo constituído por «pai, mãe, filhos, avós, netos» é o único que «deveria preocupar o Estado»
O bispo de Beja está convencido de que “as medidas do plano especial que a União Europeia exigiu à Grécia e a Portugal, para pôr em ordem as contas públicas, seriam bem diferentes se a família funcionasse bem”.
Na nota semanal para a Rádio Pax enviada à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino salienta que “as prestações sociais, que consomem grande parte dos dinheiros públicos, seriam menores, se orientadas para e através da família”.
Na análise do prelado, o modelo constituído por “pai, mãe, filhos, avós, netos, na linha da descendência sanguínea” é o único que “deveria preocupar o Estado”.
“Se apoiarmos a família natural – refere o bispo de Beja – muitos problemas na educação, no sistema educativo, no campo laboral, político, cultural, social e religioso e até mesmo no económico, serão solucionados pacificamente.”
O apoio e protecção que “as sociedades e os governos” devem dar a “essa primeira organização básica natural” não implica que se ignorem diferentes tipos de agregado, desde que sejam ressalvadas as disparidades.
“As minorias que fazem outras opções devem ser respeitadas, mas isso não nos deve levar a alterar a natureza das coisas, tratando-as com os mesmos nomes e do mesmo modo”, sublinha D. António Vitalino numa mensagem que tem por cenário a Jornada da Família, realizada este Sábado em Beja.
O texto relaciona a prioridade que o Estado deve dar à “célula básica da sociedade” com os 50 anos de sacerdócio do religioso carmelita Henrique Martins, assinalados no dia 12 de Março.
“É espantoso como um homem, sem bens próprios, mas com grande espírito eclesial e social, conseguiu catapultar vontades e meios, para ajudar as famílias a realizar a sua missão, sobretudo nos seus elementos mais débeis, crianças, jovens e idosos”, diz D. António Vitalino acerca do padre responsável pelas paróquias de Salvador de Beja e de Santa Vitória.