Pessoas que pedem asilo na Europa podem acabar na prisão

Alerta do Serviço Jesuíta aos Refugiados O número de pessoas que pretende pedir asilo na Europa e acaba na prisão é cada vez maior. O alerta é dado pelo o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), uma organização internacional da Igreja Católica, sob a responsabilidade da Companhia de Jesus (Jesuítas). O JRS afirma que aqueles que procuram asilo na Europa permanecem presos em centros fechados, nos quais não há liberdade de movimento, ou em centros abertos, mas nos quais a atmosfera é tão restritiva que “mais parecem prisões”. “Os governos de alguns países usam este método para desencorajar os imigrantes que usam o asilo por motivos económicos, ou simplesmente para se demonstrarem fortes perante o seu eleitorado”, afirma Pe. John Dardis, Director do JRS-Europa. “Acreditamos que esta é uma forma injusta de tratar as pessoas que pedem asilo, que são, quase sempre, pessoas que fogem da tortura, de ameaças de morte e de abusos contra os direitos humanos”, acrescenta. As condições de detenção preocupam o JRS. Numa recente visita a um centro, os seus responsáveis constataram que, em muitos casos, 40 ou 50 pessoas são confinadas a um espaço minúsculo, autorizadas a sair apenas para fazer um pouco de ginástica num pátio fechado e por um tempo limitado. “Pedimos que governos e políticos encontrem o modo de proteger os seres humanos e estabelecer um sistema de asilo mais humano”, pediu o Director do JRS-Europa. O JRS tem como missão “acompanhar, servir e defender” os direitos das pessoas refugiadas e deslocadas à força, em qualquer parte do mundo. Hoje está presente em 70 países. Nos países lusófonos, exerce a sua acção em Portugal, Angola, Brasil e Timor Leste.

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