Pessoa humana no centro para combater a crise

Para superar a actual crise financeira, são necessárias “novas regras” defende o Arcebispo Silvano Tomasi, observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas, em Genebra.

Durante 13ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, o Arcebispo afirmou que apesar de alguns sinais de recuperação, “a crise continua a agravar as condições de vida de milhões de pessoas no acesso às necessidades básicas e tem comprometido negativamente os planos de reforma de muitos”.

A crise financeira, lembrou, causou inúmeras consequências negativas. “O escândalo da fome, a desigualdade crescente no o mundo, milhões de desempregados e pessoas reduzidas à pobreza extrema, deficiências institucionais, ausência de protecção social para os mais vulneráveis, são tudo desequilíbrios evidenciados pelo Santo Padre na recente encíclica «Caritas in veritate»”, indicou o Arcebispo italiano.

O Estado é o “primeiro actor na implementação dos direitos humanos, mas não pode deixar de colaborar com todos os outras entidades da própria sociedade civil e com a comunidade internacional, interligados e interdependentes, como somos hoje, no mundo globalizado”.

A Santa Sé apela à protecção e ao respeito da dignidade, numa unidade cimentada em quatro princípios básicos – “a centralidade da pessoa humana, a solidariedade, a subsidiariedade e o bem comum”.

O Arcebispo indicou ainda que só quando a prioridade for dada à pessoa humana, se poderão modificar as regras que regem o sistema financeiro, “para efectivar medidas, afastar-nos do velho hábito da ganância, que nos levou à actual crise e promover o desenvolvimento integral e a efectiva implementação dos direitos humanos”.

Com Rádio Vaticano

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Agência ECCLESIA

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