Pescadores da Nazaré levaram os santos ao mar

Os pescadores da Nazaré saíram à rua para celebrarem o Dia do Homem do Mar com a tradicional «Festa do Mar» e a «Procissão do Mar». Primeiro fizeram uma peregrinação a pé junto ao mar. Depois, cerca de 40 embarcações, levaram os andores ao mar. O Pe. Rui Prates, pároco da Nazaré, confessou à Agência ECCLESIA que, apesar da multidão presente no dia 7 de Maio, nota que “os pescadores estão preocupados com o futuro”. As «gentes do mar» vivem ao sabor do tempo. “Quando o mar não ajuda, os pescadores não ganham”- e lamenta: “o Governo não toma atenção a estes pormenores”. Ao verem a situação dos pais, a juventude “não se sente atraída pelo mar”. Apesar de existirem algumas pessoas na Marinha Mercante. Quando o perigo aparece no alto mar, os pescadores pedem auxílio ao divino. “É uma religião especial” mas “em si é religioso”. Formas de religiosidade popular que merecem “algumas correcções”. Naquela localidade, a Senhora da Nazaré é a protectora dos pescadores. “Ajudai-me Senhora da Nazaré” é a palavra de ordem quando as vagas se tornam temerosas. Quando chegam a terra a fé não é esquecida. “Há a Irmandade do Senhor dos Passos, de Santo António e do Santíssimo Sacramento”. A classe dos pescadores é “muito específica” mas “vivem intensamente estes momentos”. Até a indumentária típica vem à rua. “É da praxe” – disse o Pe. Rui Prates. No próximo dia 28 de Maio, realiza-se naquela vila piscatória o encontro das praias promovido pelo Apostolado do Mar.

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