Padre Luís Matos Ferreira, Diocese de Setúbal
A Diocese de Setúbal desde o dia 16 de julho de 2024 está a viver o jubileu da sua criação. Com a abertura oficial do jubileu diocesano no dia 16 de julho da Sé pelo nosso Bispo o Cardeal Dom Américo Aguiar iniciámos um caminho de acção de graças por tudo o que o Senhor nos permitiu viver até este momento, e simultaneamente, a confiar ao nosso Bom Deus o futuro desta porção do Povo de Deus situado em Setúbal. Uma terra com um tecido cultural, social e económico muito diversificado que, como igreja sinodal, nos desafia a pensarmos e a repensarmos a estratégia pastoral de podermos chegar a TODOS.
A comissão diocesana da celebração dos 50 anos da Diocese de Setúbal e do Ano 2025 calendarizou várias iniciativas que começaram no passado 16 de julho e que terminarão no dia 28 de dezembro de 2025 com o encerramento do jubileu universal nas dioceses do mundo inteiro.
«Todos esperam» afirma o Santo Padre na Bula da Proclamação do Jubileu Ordinário 2025 “Spes non confindit”. Com este objetivo do Santo Padre e tantas vezes apontado pelo nosso Bispo, queremos assinalar vários campos da pastoral diocesana com a celebração de vários jubileus. Queremos ser “Peregrinos da Esperança” para podermos com todos chegarmos a todos; desejamos ser “Peregrinos da Esperança” para podermos levar Cristo Vivo a todas as zonas e campos da pastoral diocesana. Queremos envolver e chegar a todos para podermos ser verdadeiramente uma “igreja em saída”.
Os vários jubileus que propomos foram inspirados no calendário do jubileu da igreja em Roma e, de acordo, com a nossa história diocesana e suas tradições.
Como fazer? O peregrino coloca-se a caminho na acção de graças de toda a sua história e, com o desejo de chegar ao seu destino, confia toda a sua vida ao Mestre. Assim queremos ser nós em ano jubilar: agradecer e confiar tudo e todos ao Senhor.
«A esperança não engana» (Rm 5,5). O peregrino está a caminho porque sabe que a esperança no seu Senhor não desilude, não engana. “Todos esperam” e “A esperança não engana” são temáticas onde queremos apoiar toda a celebração destes 50 anos de vida e na acção de graças pelo Ano Santo Jubilar 2025.
Doentes, idosos, jovens e paz são palavras que queremos dar destacar neste jubileu diocesano.
Queremos também que as celebrações deste jubileu fiquei marcadas pela memória de uma história diocesana contada aos mais novos.
E porque somos “Peregrinos da esperança” não poderão faltar o que próprio do peregrino: as peregrinações. Propomos peregrinação a Fátima, A Santarém, a Santiago de Compostela e a Roma.
O Santo Padre concedeu-nos a graça de termos 4 igrejas jubilares: a Igreja de Santa Maria da Graça (Sé de Setúbal), o Santuário de Cristo Rei, o Santuário de Nossa Senhora da Atalia e o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel. Com a criação de um “passaporte de peregrino” queremos que os peregrinos conheçam estes lugares e ganhem as indulgências que a Penitenciaria Apostólica lhes concedeu. Destas igrejas jubilares o Cardeal Dom Américo Aguiar quer dar especial realce à sua catedral com a iniciativa dos crismandos receberem o Sacramento da Confirmação na Sé sadina.
Para não ficarmos fechados nas nossas paróquias e comunidades, desafiamos TODOS a peregrinar a cada um destes lugares e a levar consigo o passaporte de peregrino para carimbar. Mas mais ainda, desafiamos todos a peregrinar ao longo da vida, levando consigo o passaporte do cristão, com o selo do baptismo: a cruz do Senhor.