Peregrinação dos símbolos na Diocese de Santarém

Maria Rodrigues, Diocese de Santarém

Foi na Serra de Aire e Candeeiros que, enquanto Diocese, recebemos os símbolos pelas mãos da Diocese de Leiria-Fátima, no dia 31 de maio na paróquia de Minde, e foi na mesma serra que, 30 dias depois, entregámos a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani à Diocese de Lisboa, na paróquia de Alcobertas.

As palavras da Diocese de Leiria-Fátima ecoaram durante estes dias no nosso coração: “confiem, as pessoas vão ao encontro dos símbolos”. Não demorámos a perceber isso. Foi logo no dia 31 de maio, que nos começámos a emocionar com a forma carinhosa e dedicada com que as comunidades receberam os símbolos. E durante um mês inteiro não deixámos de nos surpreender com a alegria e a dedicação das comunidades. Os jovens da nossa Diocese levavam os símbolos e com eles levavam Cristo Vivo e foram recebidos com a mesma alegria com que Isabel recebeu Maria, logo após a anunciação.

Durante o mês de junho, os símbolos percorreram cerca de 2000 quilómetros, foram a lares, escolas, hospitais, centros de saúde e até ao Estabelecimento Prisional de Torres Novas. Foi um mês intenso, onde o meu telemóvel tocava quase de minuto a minuto. Eram fotos e vídeos, mensagens de alegria e de emoção; era a surpresa dos jovens com os mais velhos e dos mais velhos com os jovens, dos padres com as suas comunidades e das comunidades com os seus padres.

Para quem via de fora e ao mesmo tempo por dentro, a emoção era muita. Tive a oportunidade de ver, durante quatro anos, a preparação da JMJ pelas nossas comunidades. O mês da peregrinação dos símbolos foi, para mim, quase como um culminar, onde todos os dias me emocionei com os relatos que nos chegavam. Eram as nossas comunidades, as nossas terras, os nossos jovens, a nossa Diocese. Eram aqueles com quem trabalhamos todos os dias há quatro anos. Eram os seus sonhos, as suas dificuldades e a sua esperança. Era a Igreja e era Cristo Vivo.

A peregrinação dos símbolos na nossa Diocese foi uma verdadeira experiência de Igreja unida. Foi um tempo em que, pela primeira vez, vimos de forma concreta muitos dos frutos da Jornada: a sinodalidade de uma Igreja onde os jovens são voz ativa e as relações de amizade, liderança e pastoral que se foram criando ao longo de quatro anos.

Maria Rodrigues
Departamento de Comunicação da Pastoral Juvenil da Diocese de Santarém

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Agência ECCLESIA

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