Se um turista for à ilha de S. Miguel (Açores) no tempo litúrgico da Quaresma poderá encontrar grupos de homens, com uma indumentária diferente, caminhando atrás de um crucifixo. São os romeiros. Da autoria de Agostinho Pinto, a obra “Uma singular peregrinação cristã – Romarias Quaresmais da Ilha de S. Miguel” aborda este percurso irmanado. Em duas alas e com um bordão numa mão e o terço na outra, os romeiros têm um passo cadenciado e firme enquanto cantam a Avé-Maria. A regra de ouro da romaria, embora não esteja expressa no regulamento, é “não dar um passo sem ser a rezar”.