Perdão, diálogo e reconciliação para a Síria

Papa Francisco preside a vigília de oração onde pediu a todos os homens que «gritem que a paz é possível»

Cidade do Vaticano, 07 set 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje que o perdão, o diálogo e a reconciliação são as palavras da paz, apelando a todos os homens de boa vontade para serem portadores de união e pacificação.

“Na amada nação Síria, no Médio Oriente, em todo o mundo, rezemos esta noite pela reconciliação e pela paz, trabalhemos pela reconciliação e pela paz, e tornemo-nos homens e mulheres de reconciliação e de paz”, disse o Papa durante a sua meditação na jornada de jejum e oração a que presidiu na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Francisco pediu “a todos, nos quatro cantos do mundo, desde o mais pequeno aos maiores que governam as nações”, que gritassem que a paz “ é possível”.

“Queria pedir que os cristãos, irmãos de outras religiões, os irmãos de boa vontade”, que “deixem os seus interesses e se abram ao diálogo e à reconciliação”, pediu Francisco, dizendo que o ser humano é chamado a “guardar o seu irmão”.

“Olha para a dor do teu irmão”, sublinhou o Papa, perante a Praça de São Pedro, que pontuava as suas palavras com palmas e onde se avistavam algumas bandeiras sírias.

“Que acabe o barulho das armas, a guerra significa sempre o fracasso da paz, é uma derrota para a humanidade”.

“Ainda hoje continuamos esta história de confronto com os irmãos, levantamos a mãos e deixamo-nos guiar pelos ídolos e interesses. Aperfeiçoamos as armas, a nossa consciência adormeceu, como se fosse normal, continuamos a semear, dor e morte”.

Francisco relembrou a leitura do Génesis, que refere que todos os “seres humanos, criados à imagem de Deus”, formam uma única família, “onde as relações estão marcadas por uma fraternidade real”, mas, por vezes, o homem afasta-se do “horizonte da bondade e da beleza”, e fecha-se “em si mesmo, nos seus próprios interesses”, “deixa-se fascinar pelos ídolos do poder e coloca-se no lugar de Deus”.

O Papa lembrou que “o mundo de Deus, é o mundo onde cada um se sente responsável pelo outro”.

LS

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Agência ECCLESIA

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