A China considerou “irrazoáveis” as críticas do Vaticano relativamente à ordenação, sem mandato da Santa Sé, de um Bispo adjunto da Igreja Católica Patriótica, a única legal no país, dependente do governo Pequim “As acusações do Vaticano depois da ordenação do bispo Wang Renlei não têm sentido”, disse à agência noticiosa Xinhua um porta-voz não-identificado da Administração Estatal de Assuntos Religiosos da China. O responsável garantiu também que a Igreja Católica Patriótica chinesa informou com antecedência o Vaticano da escolha e ordenação, na quinta-feira, de Wang Renlei para vigário-geral da diocese de Xuzhou, na província de Jiangsu, no leste da China. “A China, a pedido da Igreja Católica chinesa, informou com antecedência o Vaticano da selecção e ordenação do bispo, mostrando uma grande sinceridade”, afirmou o porta-voz à Xinhua. A notícia da agência oficial chinesa segue-se ao comunicado difundido no sábado pelo gabinete de imprensa do Vaticano, no qual Bento XVI diz ter recebido com “profunda dor” a notícia da ordenação do bispo chinês. “A acusação do Vaticano é irrazoável”, disse o porta-voz, que sublinhou que a China e o Vaticano não têm relações oficiais.