Pentecostes de uma Igreja em construção

Festa na Amora No próximo domingo, 4 de Junho, a comunidade paroquial de Amora vai viver um Pentecostes muito especial. No local onde está a surgir a nova Igreja (800 lugares sentados) e o novo Centro Comunitário, os cristãos vão reunir-se, em pleno estaleiro de obras, ao redor do seu pároco, em Assembleia dominical para agradecer a Deus a 1ª fase da Obra que está a concluir-se. Há mais de 25 anos que esta paróquia da margem sul de Lisboa sonha com uma casa digna de oração, formação e solidariedade mais adequada às necessidades da população que não pára de crescer a nível demográfico e de se diversificar devido à forte migração interna e do estrangeiro. A comunidade paroquial de N. Sra. do Monte Sião tem-se multiplicado, nos últimos meses, numa variedade de iniciativas a nível cultural, festivo e comercial para angariar os fundos necessários. A obra está a ser levada adiante apenas com a fiel e regular generosidade dos cristãos, da população e de algumas entidades locais. Ajudas de carácter mais oficial foram sistematicamente negadas e adiadas, apesar do “complexo comunitário” apresentar uma forte vocação social que irá beneficiar toda a população, sobretudo, os mais vulneráveis e a jovens. Após a Eucaristia haverá um almoço partilhado, preparado por um grupo intercultural de voluntários. As culturas presentes no território paroquial – portugueses, cabo-verdianos, brasileiros, romenos, moçambicanos, goeses, são-tomenses e guineenses – irão “montar as suas tendas” para oferecer alimento, apresentado pratos típicos com sabor à terra de origem, a toda a população – cristãos ou não – que acorrerem a esta “Festa Paroquial dos Povos”. O estar à mesma mesa sem preconceitos a conhecer o outro que é diferente será favorecido e animado por um Convívio Etnomusical onde o desfile de trajes regionais portugueses, a capoeira vinda do Brasil, as “batucadeiras” do bairro africano, o rancho folclórico português, as mornas de Cabo-verde, as danças de São Tomé, os cantos de Timor Lorosae, entre outros, contribuirão para todos se sintam “uma única família humana”. Uma família reunida com o mesmo “projecto de vida” em construção que, numa paróquia constituída por migrantes vindos de outras regiões de Portugal, de nações lusófonas e de outras latitudes linguísticas, só podia ser dedicado ao padroeiro dos migrantes, Beato João B. Scalabrini (+1905).

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