Conferência Episcopal Portuguesa apresenta desdobrável com as razões para votar contra a liberalização do aborto A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) já editou o desdobrável em que apresenta as razões que aponta para o “Não”, no próximo referendo ao aborto. “A legalização não é o caminho adequado para resolver o drama do «aborto clandestino»”, alertam os Bispos na publicação. O desdobrável lembra que “um católico não pode concordar com o aborto livre até às dez semanas, por simples opção da mulher, sem qualquer outra condição”. “Isso chama-se «liberalização legalizada» com recurso ao dinheiro de todos os cidadãos”, acrescenta. Três quadros diferentes, com fotografia e texto, dão vida a esta edição. No quadro relativo à “legalização”, os Bispos dizem que “a luta contra este drama social (o aborto, ndr) merece o empenho de todos, com apoio decisivo às mulheres para quem a maternidade é difícil”. O documento toma como título “Razões para escolher a vida”, na linha da última Nota Pastoral da CEP sobre este tema, datada de Outubro de 2006 (www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=38286). O quadro dedicado ao tema “violência” refere que “o aborto provocado é sempre violência injusta contra um ser humano. Não há razão ética que o justifique”. Os Bispos portugueses assinalam ainda que “todas as características e potencialidades do ser humano estão presentes no embrião”. A CEP defende que “o aborto não é uma questão política, mas de direitos fundamentais”. “A função da lei é promover o respeito pela vida, principal fundamento da ética”, pode ler-se. “Ninguém tem o direito de decidir se um ser humano vive ou não mesmo que seja a mãe que o acolheu no seu ventre. Desde que aceitou gerar, a mulher tem obrigação de proteger e defender a vida de outro ser”, aponta a CEP.