Pela unidade dos cristãos no Brasil

Bento XVI incentivou hoje os bispos brasileiros das regiões da Bahia e do Sergipe a continuarem a trabalhar pela unidade dos cristãos no país.

Num discurso dirigido aos responsáveis eclesiais do Regional Nordeste III, o Papa desafiou-os “a prosseguir, dando passos positivos nessa direcção”, apontando como bons exemplos “o diálogo com as igrejas e comunidades eclesiais pertencentes ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs”.

“Iniciativas como a Campanha da Fraternidade Ecuménica ajudam a promover os valores do Evangelho na sociedade brasileira”, acrescentou ainda Bento XVI, segundo um texto pulicado pela sala de imprensa do Vaticano.

Um incentivo que surge, numa altura em que se tem assistido, no panorama religioso do Brasil, a uma “rápida expansão de comunidades evangélicas e neo-pentecostais”, segundo o Papa.

Bento XVI defende que o florescimento daqueles grupos, em contraste com o abandono cada vez maior de muitos católicos da vida eclesial, está relacionado com uma evangelização “às vezes superficial”, que torna os baptizados “facilmente influenciáveis”.

“Emerge deste quadro que a Igreja católica do Brasil se empenhe numa nova evangelização, que não poupe esforços na busca dos católicos afastados bem como daquelas pessoas que pouco ou nada conhecem sobre a mensagem evangélica”, acrescenta o mesmo responsável.

A promoção do “diálogo ecuménico” com os novos grupos outro dos aspectos considerados fundamentais, para Bento XVI, “no sentido de estabelecer pontes de contacto, através de um diálogo sadio, na verdade”.

Para que a Igreja brasileira seja capaz de responder a estes desafios, o Papa apela a uma “boa formação histórica e doutrinal”, que defenda “os valores fundamentais morais transmitidos pela tradição bíblica” e consolide “a fé em Deus criador e Jesus Cristo”.

O grupo de 28 bispos do Regional Nordeste III, que integra a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tem estado a dialogar com o Papa, no âmbito das visitas “Ad Limina Apostolorum”.

Recorde-se que estes encontros são um dever para todos os bispos diocesanos e restantes prelados da Igreja católica, que são chamados, de cinco em cinco anos, a visitar os túmulos dos apóstolos. Podem também apresentar um relatório sobre o estado pastoral das suas dioceses ou prelaturas e ouvir a apreciação e os conselhos do Papa sobre elas.

Para além da defesa da unidade dos cristãos, os principais desafios pastorais que os bispos brasileiros transmitiram a Bento XVI foram a crescente violência e o consumo de drogas, sobretudo entre os jovens, que se têm verificado nas regiões da Bahia e do Sergipe.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top