Pela «dignidade» dos doentes e suas famílias

Papa saudou participantes nos Jogos Olímpicos de Inverno e rezou por vítimas do mau tempo

Cidade do Vaticano, 09 fev 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco apelou hoje no Vaticano à defesa da “dignidade” das pessoas doentes e pediu ajuda para as suas famílias, para que se viva sem “medo da fragilidade”.

“A dignidade da pessoa não se reduz nunca às suas faculdades ou capacidades nem diminui quando a própria pessoa é fraca, inválida e necessitada de ajuda. Penso nas famílias, onde é habitual cuidar de quem está doente; por vezes, as situações podem ser mais pesadas”, afirmou, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação da oração do ângelus.

“Muitos escrevem-me e hoje quero assegurar uma oração por todas estas famílias, a quem digo: não tenhais medo da fragilidade, não tenhais medo da fragilidade, ajudai-vos uns aos outros com amor e sentireis a presença consoladora de Deus”, prosseguiu.

A celebração do Dia Mundial do Doente decorre anualmente a 11 de fevereiro, em que a Igreja Católica celebra a festa litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes.

“É a ocasião propícia para colocar no centro das comunidades as pessoas doentes, rezar por elas e com elas, estar perto delas”, declarou o Papa.

Francisco convidou os católicos a assumir a “atitude de Jesus” diante de cada doente: “O Senhor toma conta de todos, partilha os seus sofrimentos e abre o coração à esperança”.

O Papa deixou uma palavra de estímulo pelo “trabalho precioso” de quantos estão empenhados no campo da saúde e se encontram todos os dias com doentes, “não só um corpo marcado pela fragilidade, mas pessoas, às quais se deve oferecer atenção e respostas adequadas”.

“A atitude generosa e cristã com os doentes é sal da terra e luz do mundo. Que a Virgem Maria nos ajude a coloca-la em prática e obtenha paz e conforto para todos os que sofrem”, acrescentou.

A intervenção recordou os que foram afetados recentemente por “calamidades naturais”, em vários países.

“Estou próximo deles. A natureza desafia-nos a ser solidários e atentos à guarda da criação, também para prevenir, quanto possível, as consequências mais graves”, disse o Papa.

Francisco recordou ainda os Jogos Olímpicos de Inverno, a decorrer em Sochim, na Rússia: “Gostaria de fazer chegar a minha saudação aos organizadores e a todos os atletas, com os votos de que seja uma verdadeira festa do desporto e da amizade”.

A tradicional catequese centrou-se sobre a imagem dos cristãos como “sal da terra e luz do mundo”, para “fecundar a humanidade”.

“Todos nós, batizados, somos discípulos missionários e somos chamados a ser no mundo um evangelho vivo: como uma vida santa daremos sabor aos diversos ambientes e defendê-los-emos da corrupção, como faz o sal; levaremos a luz de Cristo com o testemunho de uma caridade genuína”, precisou.

Francisco alertou para quem os cristãos “apenas de nome”, que não assumem a “missão” de dar “luz ao mundo” e não são pessoas “luminosas”, vivendo uma “vida sem sentido”.

“Como quereis viver: como uma lâmpada acesa ou apagada? Como quereis viver?”, perguntou aos presentes, repetindo a questão antes de se despedir com votos de que sigam “sempre em frente com a luz de Jesus”.

OC

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