Sete alegadas vítimas do ex-padre Stephen Kiesle apresentaram esta Quarta-feira queixa contra as autoridades católicas norte-americanas.
As queixas, apresentadas perante um tribunal de Oakland, na baía de São Francisco, chegam de seis mulheres e um homem, que afirmam ter sido abusados sexualmente pelo antigo padre entre 1972 e 2001.
O “caso Kielse” já tinha vindo a lume em Abril, com supostas provas de passividade do então Cardeal Joseph Ratzinger perante a situação.
Os documentos publicados pelo advogado das vítimas, contudo, relacionavam-se com um pedido do próprio Stephen Kiesle em ser dispensado do voto do celibato e não a um processo de punição por eventuais abusos sexuais sobre menores.
Uma carta com a assinatura de Ratzinger, datada de 1985, comunicava ao Bispo de Oakland que precisava de mais tempo para considerar o pedido do Pe. Kiesle.
Segundo o advogado do Vaticano, Jeffrey Lena, a missiva em questão não era mais que uma carta padrão, enviada em todas as situações em que um padre pedia dispensa do estado clerical.
Stephen Kiesle deixou o seu ministério em 1987, mas já se encontrava suspenso pelo seu bispo.
Anos depois, Kiesle viria a ser condenado pela justiça civil por abusos sobre menores.