Peças da Biblioteca Apostólica Vaticana pela primeira vez na Rússia

Pela primeira vez, peças da Biblioteca Apostólica Vaticana serão expostas em Roma. A ocasião chega a partir da mostra «Tu es Petrus (Tu és Pedro) – O templo de Pedro nas medalhas dos Papas», apresentada à imprensa ontem no Vaticano, na véspera de sua inauguração oficial em Roma. A iniciativa insere-se na comemoração do 500º aniversário da construção da nova Basílica de São Pedro. A organização da exposição é da responsabilidade da Biblioteca Apostólica Vaticana e da sociedade «Coleções Numismáticas», e nela serão expostas numerosas medalhas do Departamento Numismático da Biblioteca Vaticana, e outras peças da colecção Manzu, do Museu Nacional de Arte Moderna, da Fundação Crocetti e da Fundação Minguzzi. Com esta exposição, a Biblioteca Apostólica Vaticana sublinha a importância documental das medalhas que acompanharam, passo a passo, a construção da Basílica Vaticana, desde 18 de Abril de 1506. Nessa época, o Papa Júlio II pôs a primeira pedra da grande igreja que iria substituir a que Constantino ergueu quase 1200 anos antes, sobre o túmulo do Apóstolo. Desde então e durante mais de 150 anos, a construção da basílica continuou, entre interrupções e reinício dos trabalhos. Cada vez que se retomava a construção de uma nova parte da basílica, realizava-se uma medalha comemorativa que geralmente se situava nas bases, explicou Ambrogio Piazzoni, vice-prefeito da Biblioteca Apostólica Vaticana. Giancarlo Alteri, director do Departamento Numismático da Biblioteca Apostólica Vaticana e director científico da mostra, sublinhou que normalmente se ignora o valor histórico-documental das medalhas, que constituem um autêntico documento celebrativo. Esta edição de «Tu es Petrus» pode ser analisada sob o ponto da construção, enquanto rito, também recolhida em medalhas como documento de metal, não só em papel e as medalhas «arquitectónicas», que com o passar do tempo se convertem em documento histórico, são, deste modo, formas de arte. A exposição mostra 65 destas medalhas: desde a de fundação, que se remete ao projecto (depois, na realidade, não realizado) de Bramante, a do projecto de Sangallo, a do projecto de Michelangelo, a da cúpula, a que reflecte a fachada de Maderno, a do baldaquino e a cátedra de Bernini, a da colunata, também de Bernini, e assim sucessivamente. Toda a evolução da Basílica Vaticana está testemunhada nas medalhas, onde se inclui também a construção da Sacristia, a realização de vários monumentos dentro da própria Basílica, até chegar à medalha mais recente – a que João Paulo II cunhou pelo Ano do Grande Jubileu, quando a Basílica se submeteu a uma completa limpeza e restauração. A organização sublinha que é a primeira vez que o «Tesouro dos Papas» se expõe com a mostra «Tu es Petrus», primeira ocasião que sai dos Muros Vaticanos com a extraordinária colecção de medalhas de fundação da Basílica de São Pedro. Giancarlo Alteri afirmou que desde a primeira medalha, fundida pelo célebre medalhista Cristoforo Foppa (el «Caradosso»), dezenas e dezenas de outras peças em bronze, prata e ouro comemoraram, durante mais de 150 anos, os momentos mais significativos da construção da maior e mais famosa basílica do mundo, levantada sobre a primitiva, humilde sepultura do pobre Pescador da Galiléia, chamado por Cristo a ser pescador de homens. Tais peças evidenciaram por outros 350 anos, o contínuo enriquecimento de esplêndidos monumentos e ornamentos, como as contínuas intervenções de restauração e manutenção, até a do ano 2000. Com Zenit

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