Um clima de grande acolhimento quer por parte das pessoas mas também de toda a opinião pública e dos media é notado pelo Pe. Frederico Lombardi, director da Sala de Imprensa do Vaticano, para descrever o ambiente que rodeia a viagem de Bento XVI aos Estados Unidos da América. Numa entrevista à Radio Vaticano, o director notou que este clima ficou marcado, num primeiro momento, pelo acolhimento que o Papa recebeu na Casa Branca. O Pe. Frederico Lombardi apontou que “o Papa «apanhou o espírito» da América”, referindo a cultura do país que nasce “da procura pela liberdade, que nasce da procura de uma construção de uma comunidade de homens livres, onde cada um pode dar o melhor de si, segundo as convicções religiosas”. Estes aspectos o Papa “percebeu e destacou”. “O Papa tocou o coração dos americanos e suscitou uma resposta de estima e de entusiasmo”. Para o porta voz da Sala de Imprensa, as palavras mais tocantes foram as que Bento XVI proferiu referindo-se ao sofrimento das vítimas de abusos sexuais. O encontro que Bento XVI manteve com algumas vítimas foi “discreto e simples”. “Era um grupo pequeno, vindo da diocese de Boston que estava acompanhado pelo Arcebispo da diocese”. O encontro decorreu na capela da Nunciatura e foi “essencialmente um encontro de oração, num clima de grande emoção”, sublinha o Pe. Lombardi. Ainda sobre o encontro, o porta voz da sala de imprensa do Vaticano, dá conta que as pessoas se dirigiram ao Papa “e puseram as mãos nas suas”. “Todos puderam exprimir, superando a emoção, a sua história pessoal e, acima de tudo, partilhar a sua esperança numa vida serena”. Depois da oração seguiu-se um encontro de 20 minutos. O Cardeal O’Malley ofereceu um livro a Bento XVI onde constavam os nomes – apenas o nome sem o apelido – das vítimas de abusos sexuais na sua arquidiocese, para que o Papa pudesse recordá-los e rezar por eles.