Paz: Visita do Papa Francisco a Verona reafirma que «guerra não é inevitável»

«Queremos empenharmo-nos em iniciar processos capazes de inverter o rumo e imaginar um mundo em que a amizade entre as pessoas e a cooperação entre os povos inventem novos caminhos para o desenvolvimento integral» – D. Domenico Pompili

Verona, 18 mai 2024 (Ecclesia) – O bispo de Verona, D. Domenico Pompili, agradeceu hoje a visita do Papa Francisco à diocese e as palavras “rodeios afirmam que a guerra não é um resultado inevitável”.

“Depende de cada um de nós. A guerra, de facto, nasce de ações que minam o bem-estar social e a equidade económica, que põem em causa a resiliência democrática, que negam a ecologia integral, que impedem a convivência e a mobilidade dos povos, que implementam a indústria do armamento”, afirmou o responsável no final da celebração que concluiu a vista do Papa Francisco neste sábado à diocese de Verona.

O Papa passou o dia na cidade italiana de Verona, para um encontro dedicado à paz, tendo um dos momentos centrais da deslocação acontecido no ‘Arena da Paz – Justiça e Paz beijar-se-ão’.

Neste encontro, Francisco teve ocasião de escutar uma pergunta feita por dois homens, Maoz Inon, israelita, cujos pais foram mortos no dia 7 de outubro, quando iniciou a guerra, e de Aziz Sarah, palestino, que perdeu o irmão na guerra.

“Esta realidade aproximou-nos para encontrar um caminho melhor”, disseram.

O Papa chamou-os a si e os três abraçaram-se, num gesto emocionado; Francisco disse que após a partilha dos dois nada se pode dizer.

D. Domenico Pompili lembrou que nas encíclicas «Laudato sì» e «Fratelli tutti», “e na recente Exortação Laudate Deum”, “a paz é a perspetiva unificadora do seu pensamento e da sua vida”.

“Queremos empenharmo-nos em iniciar processos capazes de inverter o rumo e imaginar um mundo em que a amizade entre as pessoas e a cooperação entre os povos inventem novos caminhos para o desenvolvimento integral”, assegurou o responsável.

O bispo de Verona lembrou a manhã, na companhia de raparigas e os rapazes que acolheram Francisco frente à praça de São Zenão, que “invocaram ‘um céu sem nuvens’, ou seja, um caminho sem guerra”.

Também na Arena, “persuadiu-nos de que a paz é um dom que vem do alto, mas que se faz caminho a partir de baixo”, recordou D. Domenico Pompili.

“Caro Papa Francisco, asseguramos-lhe as nossas orações pela sua vida de entrega, pelos seus projetos incessantes, pela sua missão incansável. Agora levantemo-nos todos: levantemo-nos! Levantemo-nos para caminhar, para construir, para confessar.

Levantemo-nos para caminhar no nosso tempo, para construir a paz, para confessar a fé em Jesus Cristo, Filho de Deus e filho do homem, único Senhor da nossa vida”, finalizou.

O Papa encerra a visita a Verona, e após a celebração da Eucaristia, segue para o Vaticano, deslocando-se num helicóptero numa praça adjacente ao no Estádio Bentegodi.

LS

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