Património: Torre dos Clérigos recebe Prémio Vilalva da Fundação Gulbenkian

Galardão vai ser entregue hoje e distingue a «qualidade geral da intervenção de conservação e restauro realizada»

Lisboa, 20 set 2016 (Ecclesia) – A Torre dos Clérigos vai receber hoje o Prémio Vasco Vilalva pelo seu projeto de restauro e recuperação atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian.

A cerimónia pública de entrega do Prémio Vilalva 2015, no valor de 50 mil euros, vai decorrer hoje, às 17h00, na igreja dos Clérigos, no Porto.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Fundação Gulbenkian refere que este prémio distingue o “conjunto patrimonial” formado pela Igreja e Torre dos Clérigos e a “qualidade geral da intervenção de conservação e restauro realizada por ocasião da comemoração dos 250 anos da construção da torre – o seu principal ícone visual”.

Para o presidente da Irmandade dos Clérigos é “uma honra” receber Prémio Vilalva em 2016, sobretudo pelo facto da Fundação Gulbenkian estar a assinalar a “vivência jubilar” dos 60 anos de existência.

“O Prémio Vilalva honra a Irmandade dos Clérigos e a cidade do Porto”, sublinha o padre Américo Aguiar, numa nota enviada à Agência ECCLESIA, acrescentando que dedica este galardão aos trabalhadores “que edificaram a Igreja e Torre dos Clérigos e aos que, entre dezembro de 2013 e dezembro 2014, devolveram os Clérigos ao Porto, a Portugal e ao mundo”.

Classificado Monumento Nacional em 1910, a Igreja e Torre dos Clérigos, do Arquitecto Nicolau Nasoni, foram construídos na segunda metade do século XVIII e objeto de uma intervenção e restauro concluído em 2015.

Para o júri do Prémio Vilalva, constituído por Dalila Rodrigues, António Lamas, José Pedro Martins Barata, José Sarmento de Matos e Rui Esgaio, a atribuição deste prémio distingue “o respeito pela integridade física dos sistemas construtivos existentes, preservados e restaurados com recurso a técnicas tradicionais, as adequadas metodologias de conservação e restauro do património artístico integrado”.

De acordo com o comunicado da Fundação Calouste Gulbenkian, o projeto de recuperação e restauro permitiu “recuperar e revalorizar retábulos, órgãos, sanefas, púlpitos, varandins, escaiolas ou pinturas de fingimento, entre outros elementos iconográficos e decorativos”.

O júri destaca ainda que o património móvel, onde pontuam, entre numerosas peças de âmbito litúrgico, esculturas e pinturas sobre tela e madeira, “foi objeto de tratamento e recolocação adequados, devolvendo-se ao conjunto a dignidade e os valores perdidos”, indica o comunicado.

“Na atribuição do prémio pesou a intervenção de conservação e restauro e a introdução de infraestruturas necessárias, designadamente nas áreas de acessibilidade e segurança, que transformaram as condições de visita à Igreja e Torre dos Clérigos”, acrescenta.

“Além da possibilidade de uma fruição plena pelos diversos públicos, as obras realizadas dão a este conjunto patrimonial o lugar devido no processo de enriquecimento e desenvolvimento cultural e turístico da cidade do Porto”, realça o júri.

O júri do prémio Vilalva decidiu ainda atribuir uma “menção honrosa ao projeto das novas instalações da Sede da Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitetos”.

PR

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Agência ECCLESIA

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