Fátima, 13 mar 2017 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima considera que o património religioso “testemunha a fé”, que se tende a expressar através da arte, e exige atenção da Igreja Católica
Nas jornadas de conservação e restauro, promovidas pelo Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, em parceria com o Museu do Santuário de Fátima, realizadas, este sábado, naquele santuário, o padre Carlos Cabecinhas falou da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima como “o mais icónico lugar do Santuário, a seguir à Capelinha das Aparições”.
A iniciativa abordou a temática ‘Património Recuperado – Boas Práticas no Santuário de Fátima’ e contou com cerca de 70 participantes.
O reitor do Santuário de Fátima sublinhou a “particularidade” da intervenção, dado que, “percebendo a complexidade dos trabalhos, a equipa do Santuário de Fátima recorreu a técnicos especializados, para ser uma intervenção de qualidade”.
O encontro formativo teve por base o trabalho de requalificação e conservação levado a cabo na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
O objetivo foi dar a conhecer ao público em geral os procedimentos próprios dessa tarefa, nem sempre visível, bem como o conjunto de boas práticas implícitas à sua concretização.
Joana Delgado, arquiteta do Serviço de Ambiente e Construções do Santuário de Fátima, e responsável pelo projeto de requalificação e conservação da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, explicou que o espaço foi alvo de “ajustes funcionais que decorrem de uma utilização particularmente intensa”.
Nesta intervenção, houve um “princípio de intervenção mínima e não minimalista”, com o objetivo de “promover a conservação do património edificado e artístico”, e uma das ações desenvolvidas foi “devolver vitrais à Basílica de Nossa Senhora do Rosário em período noturno”, disse.
Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, afirmou que “a Basílica, mais que albergar os fiéis, transforma-se no grande retábulo das funções litúrgicas” do Santuário.
A importância deste espaço é anterior à sua sagração, porque desde 1951 acolheu os restos mortais da Beata Jacinta Marto; em 1953 viria acolher os restos mortais do Beato Francisco Marto.
“A partir de 2000, pode ser considerada um Santuário dentro do próprio Santuário pela veneração das relíquias dos videntes”, lê-se no site do Santuário de Fátima.
LFS