Uma «maior interação» entre o público e a realidade museológica
Santa Maria da Feira, 15 jul 2019 (Ecclesia) – O Museu de Santa Maria de Lamas promove, entre julho e setembro, intervenções ao vivo de restauro na coleção de escultura religiosa
A ideia do restauro “ao vivo” tem por base uma “maior interação entre o público e a realidade museológica”, permitindo ao primeiro, no próprio contexto da sua visita, a observação das intervenções em curso, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
O museu (situado no concelho de Santa Maria da Feira) procura “diversificar e enriquecer as suas visitas, especialmente nas férias de verão, oferecendo experiências, conteúdos diferenciadores ou novas oportunidades de aprendizagem e conhecimentos”, refere a nota.
Para além disso, visa sensibilizar o visitante para a necessidade de preservação e manutenção técnica específica, mostrando a realidade por detrás da obra do artista.
A realização pública de ações de conservação e restauro dentro do espaço museológico constitui, desta forma, uma “importante vertente pedagógica, passível de elucidar e consciencializar os visitantes através do confronto direto com os problemas do espólio em intervenção”.
Popularmente apelidado de «Museu da Cortiça», o Museu Santa Maria de Lamas (MSML) constitui um “caso particular” na história da museografia portuguesa do século XX.
Pela sua diversidade e exposição, é um recurso cultural e museológico único, que marca a historiografia do colecionismo privado e pessoal (de meados da centúria de novecentos), do mercado de arte e da museologia portuguesa ao tempo do Estado Novo.
LFS