Ministro da Economia e Emprego ficou a par das «carências» de um setor que considera «estratégico» para o desenvolvimento do turismo nacional
Lisboa, 25 ago 2011 (Ecclesia) – A Turel – Cooperativa de Turismo Cultural e Religioso de Portugal vai aumentar a oferta de rotas turísticas no norte e centro do país, de forma a atrair para o património religioso uma média de 200 mil turistas por ano.
Numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, aquele organismo explica que dois dos projetos em causa dizem respeito ao “Minho Religioso” e a “Aveiro Religioso”, onde será aplicada “a mesma estratégia” já utilizada na região do Douro.
Levantando um pouco o véu sobre aqueles roteiros, a Turel adianta que dois deles vão ser implementados na região de Guimarães, capital da cultura em 2012.
“Um contempla o Santuário da Penha, a Igreja de Santa Marinha e o Santuário de S. Bento das Peras. Outro, no centro urbano de Guimarães, privilegia igrejas como as dedicadas a São Sebastião, S. Pedro, S. Francisco e Nossa Senhora da Oliveira”, realça.
Através da estreita colaboração das dioceses, regiões de Turismo e direções regionais de Cultura, aquela Cooperativa tem procurado valorizar e requalificar o património artístico e cultural da Igreja Católica, contribuindo também para a identificação de centenas de imóveis e objetos de interesse turístico, no plano nacional.
Um trabalho que foi apresentado ao Governo na última terça-feira, num encontro em Lisboa que contou com a presença do presidente da Turel, cónego José Paulo Abreu, do ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Pereira, e da secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles.
Álvaro Santos Pereira aproveitou a ocasião para destacar as “potencialidades” que o Turismo Religioso possui, e mostrou-se determinado em contribuir para a sua afirmação enquanto “produto estratégico no desenvolvimento do turismo nacional”.
Ficou ainda a par da situação de “enorme carência que se regista no património religioso português”, onde “raramente se encontram profissionais devidamente preparados para dar informação credível e diversificada aos visitantes”.
Para procurar combater esta lacuna, a Turel sugeriu a criação do “Guia Intérprete do Santuário”, uma figura que seja capaz de “animar e criar atratividade para os espaços religiosos”.
De acordo com o Inventário de Recursos Turísticos, “Portugal conta atualmente com cerca de 4 mil monumentos religiosos visitáveis”, entre catedrais, santuários, basílicas, conventos, igrejas e capelas.
Para os responsáveis do turismo religioso, dinamizar este património pode significar ainda a criação de 12 mil postos de trabalho no país.
JCP