Parceria com município vai permitir visitar as igrejas nos meses de junho e agosto
Faro, 30 jun 2017 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve informa que as paróquias de Tavira vão ter uma especialista na área de conservação e restauro a trabalhar na recuperação do seu património, na sequência da criação da empresa de atividades religiosas e turísticas Artgilão.
“Tenho o sonho de poder vir a criar um gabinete/ateliê de restauro em Tavira, mas enquanto esse sonho não for possível de realizar, queremos começar o trabalho de proteção das nossas peças de arte, com a ajuda da Marta Pereira, que tem conhecimentos específicos e nos dará um grande auxílio nesta tarefa de melhor defender o nosso património”, explicou o padre Miguel Neto.
Na nota enviada à Agência ECCLESIA, o pároco de Tavira informa que tem como “preocupação central” do trabalho a rentabilização do património que está à sua responsabilidade onde para além da preservação “possa ser oferecido aos fiéis e visitantes”.
Neste contexto, o sacerdote assinala que a paróquia algarvia tem múltiplas igrejas, como a de Santa Maria, de Santiago, de S. Paulo, de S. António, que podem “gerar receitas” para a conservação e restauro de peças.
A contratação da técnica Marta Pereira, formada pelo Instituto Politécnico de Tomar e especialista na área de conservação e restauro, surgiu na sequência da criação da empresa Artgilão – Atividades Religiosas e Turísticas de Tavira, Lda, que foi pensada com o “objetivo de explorar financeiramente todas as possibilidades que possam surgir” na paróquia.
Segundo o padre Miguel Neto, a nova empresa Artgilão resultou do pedido que fez aos colaboradores das paróquias de pensarem em “formas de rentabilizar economicamente o património” em setembro de 2016.
A rentabilização que atualmente passa pela venda de merchandising, na igreja de Santa Maria, e pelas visitas turísticas permite “a criação de postos de trabalho”, como o da técnica de restauro.
O pároco de Tavira informa ainda que o merchandising – marcador de livros, saco de pano, brincos, artigos religiosos – foi criado tendo como base do design o património das igrejas, “nomeadamente a sua azulejaria, que é uma marca forte”.
“Queremos que estas peças possam ser embaixadoras da nossa causa e do nosso projeto, para que possamos, efetivamente levar por diante ideias que permitam recuperar e preservar os bens que as paróquias de Tavira têm e que queremos que todos possam fruir”, desenvolveu.
O padre Miguel Neto dá conta ainda de uma parceria com a Câmara Municipal de Tavira que vai permitir que as igrejas estejam “abertas e visitáveis”, nos meses de junho e agosto.
“Queremos aprofundar esse relacionamento, de modo a que as Igrejas beneficiem da proximidade e colaboração existentes, bem como o povo cristão, que verá, por certo, as suas tradições reforçadas e promovidas, pois Tavira é rica de momentos e expressões religiosas que são muito particulares na nossa região”, desenvolveu o sacerdote.
CB