Património: «Ópera sem vozes» na ementa do Festival Terras sem Sombra

«Espetáculo mais insólito» da edição deste ano está marcado para Sines

Beja, 02 mar 2016 (Ecclesia) – A edição 2016 do festival “Terras Sem Sombra”, projeto da Diocese de Beja que congrega música-sacra com defesa do património e da biodiversidade, vai prosseguir entre hoje e domingo, com uma “ópera sem vozes” em Sines.

Uma nota da organização, enviada à Agência ECCLESIA, destaca aquele que “será talvez o espetáculo mais insólito” do evento deste ano.

“Uma ópera sem vozes” com o título “Sempre / Ainda”, saída da inspiração de “três criadores” espanhóis que “ostentam prémios nacionais” nas áreas do “Design, Composição e Interpretação Musical”: Alberto Corazón, Alfredo Aracil e Juan Carlos Garvayo, respetivamente.

Nesta obra “singular, a música para piano solo e as imagens projetadas num ecrã vão revelando ao público, pouco a pouco, um texto” que resultou das anotações que Alberto Corazón tirou durante uma viagem a Damasco, na Síria.

O autor esteve naquele país pouco tempo antes da guerra civil que agora assola o território e será essa experiência que apresentará este sábado ao público alentejano, num espetáculo com início previsto para as 21h30, no Centro das Artes de Sines.

Hoje, à mesma hora, vai decorrer na cafetaria do Centro das Artes “uma mesa-redonda” com os intérpretes da obra, com o diretor artístico do festival “Terras Sem Sombra”, Juan Ángel Vela del Campo, o tradutor da peça para português, Ruy Ventura, e o diretor-geral do certame, José António Falcão.

Destaque depois para o domingo, em que o festival alentejano criado pela Diocese de Beja vai reforçar o seu cariz ambiental e de defesa da biodiversidade.

A partir das 10h00, vai ter lugar uma ação de monitorização da costa de Sines, envolvendo não só os espetadores ou as populações locais mas também os próprios artistas presentes no certame.

Os participantes vão ser ainda desafiados a recolher o lixo encontrado ao longo dos percursos litorais, numa iniciativa realizada em parceria com o projeto Coastwatch, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente e a Câmara Municipal de Sines.

De entrada livre, o Festival organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja prolonga-se até  2 de julho, com passagens por Santiago do Cacém, Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa, Castro Verde e Beja sob o título 'Torna-Viagem: o Brasil, a África e a Europa (Da Idade Média ao Século XX)'. 

JCP/OC

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