Projecto «Douro Religioso» envolve dioceses de Lamego, Bragança, Porto e Vila Real
Lisboa, 17 Jan (Ecclesia) – O “Inventário do Património Religioso do Douro”, hoje apresentado, já identificou 92 imóveis considerados “relevantes para serem visitados e conhecidos” em Lamego, Bragança, Porto e Vila Real, as quatro dioceses envolvidas.
O levantamento nos municípios destes territórios levou ainda à inventariação de 313 objectos móveis (esculturas, pinturas e altares), sendo a grande maioria (276) em suporte de madeira.
“Foi feito um levantamento de tudo quanto é relevante para ser visitado e ser conhecido. Estas informações irão integrar guias turísticos do Douro em suporte áudio e texto. Haverá ainda panfletos sobre cada um dos monumentos identificados como sendo de relevância para a cultura, para a arte e para o turismo”, disse o presidente da Cooperativa Turel – Turismo Cultural e Religioso, padre José Paulo Abreu.
Em conferência de imprensa, o sacerdote referiu que serão estabelecidas três rotas: a das Vistas Maravilhosas (capelas com miradouros), a do Douro Maravilhoso (lendas e tradições) e o Douro a Sete Chaves, relativa aos monumentos que habitualmente não estão abertos ao público.
O “Inventário do Património Religioso do Douro” está inserido no Projecto “Douro Religioso – Conhecer, Visitar, Reconhecer”.
A apresentação juntou, em parceria, a Turel, a Diocese de Lamego, o Turismo do Porto e Norte de Portugal e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte.
A sessão decorreu na embarcação “Milénio do Douro” da empresa Douro Azul, no Cais de Gaia.
Este projecto, que representa um investimento de 378 mil euros, iniciou-se em Outubro de 2010 e termina em Agosto/Setembro, com a realização de um seminário para fazer um balanço dos resultados de inventariação, sinalização e divulgação.
“Temos ainda sublinhado outro tipo de património que é a música, estando a decorrer ciclos de concertos que se iniciaram na fase das vindimas, prosseguiram na época do Natal e Ano Novo e terminam na Páscoa”, disse o padreJosé Paulo Abreu, destacando o “magnifico concerto de sinos de mão” que se realiza no sábado, em Vila Real.
O responsável pelo levantamento do património religioso do Douro, Vítor Roriz disse à Agência Lusa que aquilo que o surpreendeu pela negativa foi a dificuldade de acessos, a falta de estacionamento, a degradação e as intervenções erradas de alguns monumentos.
AL/OC