Património: Igreja e Estado assinam protocolo

Hierarquia católica vai apostar ainda na divulgação online do espólio bibliográfico

Lisboa, 07 mai 2012 (Ecclesia) – A Igreja Católica e o Estado português assinam hoje, em Sacavém, um acordo de colaboração com o objetivo de assegurar o estudo, inventariação e divulgação do património administrado pelos organismos religiosos.

A iniciativa “assenta na necessidade de assegurar a produção, acesso e difusão de informação qualificada sobre esse património, capaz de contribuir para a sua identificação, salvaguarda e valorização”, assinala o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), na sua página na internet.

A oficialização do protocolo, que contará com a assinatura de D. Pio Alves de Sousa, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, da Conferência Episcopal Portuguesa, e Vítor Reis, presidente do Conselho Diretivo do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, está marcada para as 15 horas, no Forte de Sacavém.

O programa do evento, enviado à Agência ECCLESIA, prevê ainda intervenções do padre Manuel Amorim, diretor do Secretariado Diocesano de Liturgia da Diocese do Porto, e de Assunção Cristas, Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.

Entre as principais prioridades da Igreja Católica está ainda a preservação e dinamização do espólio bibliográfico que se encontra espalhado pelas diversas dioceses, seminários e universidades.

Um acervo que, segundo a diretora do SNBCI, “na esmagadora maioria dos casos é desconhecido” do grande público.

Sandra Costa Saldanha vai participar esta tarde, a partir das 18 horas, na apresentação do projeto Cesareia, que vai permitir a disponibilização das obras contidas nas diversas bibliotecas espalhadas pelo país, através da Internet.

Até ao momento, a iniciativa já reuniu mais de 300 mil volumes, pertencentes a oito instituições católicas.

O SNBCI pretende incluir neste esforço o maior número de organizações possíveis, ao mesmo tempo que vai dar formação e apoio técnico a todos os núcleos culturais que “careçam de um trabalho prévio de organização antes de estarem preparados para a catalogação”.

No que diz respeito a organismos que precisam de um “desenvolvimento de raiz ao nível de espaços, logística e informatização”, Sandra Costa Saldanha dá como exemplos os seminários de Aveiro e Santarém.

“Outra ambição é unir esforços entre as bibliotecas para se ajudarem umas às outras, em rede, já que todas fazem a mesma coisa, confrontam-se com o mesmo tipo de problemas e têm as mesmas necessidades”, acrescenta.

Apoiado pela Fundação do Secretariado Nacional da Educação Cristã, que irá financiar os meios informáticos e humanos indispensáveis, o projeto Cesareia visa também criar condições para que as bibliotecas estejam abertas ao público.

A apresentação vai decorrer no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, com a participação da subdiretora da instituição, Maria Inês Cordeiro, Maria Inês Cordeiro, subdiretora-Geral da Biblioteca Nacional de Portugal e do padre  António Júlio Trigueiros, da Biblioteca da Revista Brotéria.

No decorrer da cerimónia será feita a apresentação do n.º 4 da revista Invenire, publicação semestral do SNBCI que dedica a edição mais recente às questões da segurança e dos furtos nos espaços religiosos católicos.

JCP/RJM/OC

 

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