Património: Diocese de Angra está a desenvolver rota de santuários diocesanos

Igreja Católica no Arquipélago dos Açores passa a ter seis santuários diocesanos, a partir do dia 1 de janeiro de 2025

Angra do Heroísmo, Açores, 07 nov 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Angra, através do seu Projecto DIO 500, está a “desenvolver o projeto das rotas dos santuários diocesanos”, um trabalho académico mas que possa “servir a missão” dos cinco espaços que existe nos Açores.

“Creio que com os perfis e elementos que caracterizam cada santuário poderemos construir uma rota qualificada dos santuários diocesanos e assim valorizaremos o aspeto religioso que é tão forte na Região Autónoma dos Açores”, explicou a responsável pelo DIO 500, o projeto de investigação histórica e patrimonial da Diocese de Angra, ao sítio online ‘Igreja Açores’.

Susana Goulart Costa salientou que estão “muito empenhados” em desenvolver o projeto das rotas dos santuários diocesanos e já têm “duas licenciadas a trabalhar no Convento da Esperança, Santuário do Senhor Santo Cristo”, também para identificar e fazer não só o levantamento dos bens do Santuário “como também do seu arquivo”.

“Queremos, também, abraçar os outros santuários açorianos de forma a criarmos uma ‘Rota dos Santuários’, que esteja pronta dentro de três anos, sempre tendo presente esta lógica de evangelização”, acrescentou.

A Diocese de Angra, presente nas nove ilhas do Arquipélago dos Açores tem cinco santuários diocesanos, três cristológicos e dois marianos; a partir do dia 1 de janeiro de 2025, é elevada a santuário diocesano a Ermida da Nossa Senhora da Paz, em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.

O século XXI apresenta-nos desafios diferentes, o chamado turismo religioso é uma realidade, e a Igreja deve estar capacitada do potencial destes bens para corresponder à missão através deles, pois o diálogo entre a Igreja e a cultura também se faz por aqui”, desenvolveu a coordenador do Projeto DIO 500.

Para Susana Goulart Costa, a colaboração “deve ser mantida com os reitores dos santuários” para que o trabalho que estão a desenvolver neste projeto de investigação histórica e patrimonial da Diocese de Angra não seja meramente académico e possa “servir a missão”.

“Cada santuário terá a sua especificidade e por isso não poderá haver um modelo idêntico para todos os lugares, mas essas questões serão atendidas mais tarde”, acrescentou a investigadora responsável pelo Projeto DIO 500, que está a organizar o debate ‘O Património Religioso e os seus agentes’, de 27 a 29 de novembro.

Os santuários da Diocese de Angra estão em diversas ilhas do Arquipélago dos Açores: Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada (São Miguel); Santuário do Senhor Bom Jesus Milagroso, em São Mateus (Pico); Santuário do Senhor Santo Cristo da Caldeira, na Fajã do Santo Cristo (São Jorge); e na ilha Terceira, os santuários marianos de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora dos Milagres.

Foto: Igreja Açores/CR

A Ermida da Nossa Senhora da Paz, em Vila Franca do Campo, acolheu a sua última grande celebração antes da sua elevação a Santuário Diocesano, este domingo, dia 10 de novembro, presidida pelo bispo de Angra.

“O meu primeiro voto é que neste futuro Santuário e nos melhoramentos que venham a ser feitos, a natureza e a arte deem passos juntos. Que aqui nasça um Santuário respeitador do ambiente, sustentável do ponto de vista ambiental de modo a que seja visível essa preocupação de harmonia entre Deus e o homem com respeito pela natureza”, disse D. Armando Esteves Domingues, na Missa da festa na Ermida de Nossa Senhora da Paz, citado pelo sítio online ‘Igreja Açores’.

CB/OC

 

O Projecto DIO 500, da diocese insular, está a elaborar a história religiosa dos Açores para as comemorações dos 500 anos da Diocese de Angra, em 2034, numa parceria com a Universidade dos Açores e a Universidade Católica Portuguesa (UCP), o protocolo de cooperação das três entidades foi assinado no dia 13 de março de 2023.

Esta iniciativa, da responsabilidade da Igreja visa contar a história religiosa das nove ilhas, profundamente marcadas pelo povoamento franciscano, desde a fundação da diocese em 1534 e o final do episcopado do 38.º bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, em 2016, informa o portal diocesano.

O Projecto DIO 500 vai terminar com a criação de uma plataforma digital bilingue dedicada à história da Diocese de Angra,  onde se “vá dando conta do que se faz” e “disponibilizando textos e documentos que podem contribuir para o aumento do conhecimento sobre esta Igreja”, e à edição da obra ‘História Religiosa dos Açores’, em 2034.

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Agência ECCLESIA

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