Património da Igreja não se compadece com amadorismos

“A criação de uma base de dados sobre os Fundos Comunitários e a criação de uma bolsa de contacto de bens e serviços sobre a área do património para ajudar as comunidades” foram dois pedidos feitos ao Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja. A decorrer em Lisboa, nos dias 18 e 19 de Junho, os participantes do Conselho Nacional para os Bens Culturais da Igreja sublinham que é fundamental “incentivar a formação no âmbito do trabalho dos bens culturais”. João Soalheiro, Director do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, disse à Agência ECCLESIA que os pedidos solicitados “já estão em fase de andamento e serão partilhados brevemente”. A tónica da formação foi acentuada entre os delegados das dioceses portugueses. É tempo de acabar “com os amadorismos e apostar na formação” – afirmou o representante da diocese do Algarve. Fátima Eusébio corrobora: “acções de formação contínua aos sacerdotes e guias turísticos”. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel Iñiguez Ruiz de Clavijo, Director do Secretariado da Comissão Episcopal do Património Cultural da Conferência Episcopal Espanhola, sublinha que em Espanha o trabalho na área do Património teve o seu início há três décadas. “Depois das reflexões começámos a trabalhar e temos tidos resultados muito positivos”. E acrescenta: “tomámos consciência que os bens culturais da Igreja são um testemunho de fé”. A vertente financeira não foi esquecida. Fátima Eusébio, da diocese de Viseu e relatora de um grupo de trabalho, apela para que se façam “orçamentos específicos para a área do património”. Ao nível das relações Igreja/Estado, a directora do Departamento dos Bens Culturais da diocese de Viseu lamenta a “falta de celeridade nos projectos” e pede à Conferência Episcopal Portuguesa que “solicite ao Estado a clarificação de alguns pontos da Concordata”. Sara Fonseca, da diocese de Beja, realça ainda que a sociedade “precisa de saber que a Igreja também faz coisas bem feitas”. E acrescenta: “é a chamada divulgação dos bons exemplos”. Notícias relacionadas • Padres pouco sensibilizados para os bens culturais

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