Lisboa, 10 jan 2014 (Ecclesia) – O Governo português classificou como monumentos de interesse público dois antigos conventos dos Capuchos, segundo portarias publicadas hoje em Diário da República.
Em causa estão a igreja de Santo António, o claustro e as ruínas do antigo Convento dos Frades, também designado por Convento de Santo António, em Pinhel (Concelho de Pinhel, Distrito da Guarda) e a igreja e o antigo Convento de Santo António dos Capuchos, em Faro.
Os frades Capuchos ou descalços resultaram de movimentos sucessivos de retorno à austeridade primitiva da Ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo-se desenvolvido sobretudo na Espanha e em Portugal.
O convento capucho de Santo António de Pinhel, funcionou durante pouco mais de um século, entre cerca de 1731 e 1834, data da sua extinção.
A igreja, doada à Santa Casa da Misericórdia local, foi recuperada na década de 80 do século XX.
A portaria 21/2014 destaca o “enquadramento paisagístico do conjunto edificado, erguido no limite do aglomerado urbano de Pinhel”, e o facto de “a cerca conventual conservar boa parte do largo perímetro original, incluindo o terreiro fronteiro ao templo, onde se ergue um cruzeiro de cantaria”.
Quando ao atual Convento de Santo António dos Capuchos, em Faro, a portaria 24/2014 refere que a “capela-mor, coberta por abóbada de berço, tem paredes revestidas por um alto lambril de azulejos figurativos azuis e brancos, de grande qualidade, rematado por talha e representando passos da vida de Santo António”.
As classificações refletem os critérios relativos ao “interesse do bem como testemunho religioso, ao seu valor estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva”.
OC