Angra do Heroísmo, Açores, 03 out 2014 (Ecclesia) – A Comissão dos Bens Culturais da Igreja da Diocese de Angra, nos Açores, vai começar a fazer o inventário do Património Móvel e Integrado da diocese para conhecer e preservar “melhor” e consciencializar para a sua importância.
“Trata-se de um inventário para conhecer mas também para melhor preservar e garantir a segurança”, explicou o responsável pela Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja, sobre este projeto no âmbito do protocolo celebrado em abril com a Direção Regional da Cultura.
Segundo o padre Duarte Melo, algumas paróquias já estão sensibilizadas para este trabalho de catalogação e começaram o seu próprio inventário, como Santa Cruz da Lagoa, Corvo, Capelas, “o que é muito positivo e indispensável pois, canonicamente, cabe-lhe essa responsabilidade”.
“Verifica-se uma consciência mais alargada que o património é de todos e que deve ser salvaguardado e as orientações que devem ser seguidas devem ser o mais profissional possível e os párocos têm tido essa preocupação”, acrescenta.
O responsável pela Comissão dos Bens Culturais da Igreja comenta que, por parte dos párocos, existe “uma consciência mais alargada” que o património é de todos e deve ser salvaguardado e que “as orientações que devem ser seguidas devem ser o mais profissional possível”.
O sacerdote que insiste na criação de equipas nas paróquias, ouvidorias e museus locais “de forma a poder rentabilizar o trabalho e os recursos” alerta que é preciso estarem “sempre atentos e vigilantes” para uma “melhor preservação do património”.
O empréstimo temporário do resplendor do Senhor Santo Cristo, que integra a exposição ‘Splendor Et Gloria’ até ao dia 31 de outubro, do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, também foi assessorado pela Comissão dos Bens Culturais da Igreja da Diocese de Angra.
O Sítio Informativo ‘Igreja Açores’ adianta que a Comissão Diocesana, com a Direção Regional da Cultura, vai também continuar o Inventário do Património Arquitetónico, nomeadamente nas ilhas do Pico e do Faial, este trabalho, na ilha de São Jorge, já está “pronto”, revela o sacerdote.
Está também previsto avançar com o trabalho de classificação dos bens patrimoniais “cuja relevância e prioridade de conservação se coadunem com o estatuto de classificação”, comenta o padre Duarte Melo.
“Documentar o património cultural da igreja” vai ser outra das iniciativas a desenvolver nos Açores no âmbito de um ciclo de conferências, agendadas para o 2º semestre de 2015, desta forma os Bens Culturais vão continuar com “ações de formação e sensibilização” nas ouvidorias (arciprestados) e já têm três sessões na ilha de São Miguel.
Esta comissão diocesana, durante o último ano, elaborou 24 pareceres técnicos sobre projetos de intervenção, submetidos à Diocese, e visitou 15 igrejas com o objetivo de aconselhamento prévio sobre futuras intervenções.
IA/CB
