Patriarcado de Lisboa não pediu apoio à Câmara para o altar por uma questão de princípio – D. José Policarpo

Presidente do Município diz que todos os apoios pedidos no âmbito da visita do Papa foram concedidos

“A César o que é de César, a Deus o que é de Deus”, disse o Cardeal Patriarca para justificar o facto de não ter sido pedido formalmente apoio financeiro ao Município para o altar da missa que Bento XVI vai celebrar em Lisboa.

Em declarações proferidas nesta Quarta-feira à Renascença, D. José Policarpo afirmou que o Patriarcado seguiu a regra de que para os custos das cerimónias litúrgicas em si não se deve pedir o apoio do poder autárquico ou político, tal como já não o tinha feito em 1982, aquando da visita de João Paulo II a Portugal.

“Para já, é uma questão de princípio. Eu penso que a César o que é de César, a Deus o que é de Deus, mas se eu pedisse isso oficialmente ia-me sujeitar a uma apreciação na Assembleia Municipal, ia pôr o senhor presidente em dificuldades, íamos ter com certeza uma discussão desagradável na opinião pública, porque não tenha ilusões: os media neste momento estão contra a Câmara, mas se fosse eu a pedir estariam contra mim”, sublinhou D. José Policarpo.

O Patriarca de Lisboa esclarecia assim a posição da diocese sobre a questão do apoio da Câmara nesta matéria, na sequência de informações sobre uma alegada recusa do Município em contribuir para as despesas de construção do altar.

Na altura, António Costa, presidente da Autarquia, referiu que todos os apoios pedidos no âmbito da estadia de Bento XVI foram concedidos, acrescentando não ter sido solicitado qualquer financiamento para o pagamento do altar.

Em conferência de imprensa realizada a 26 de Fevereiro, o responsável pela comissão de preparação da visita do Papa, D. Carlos Azevedo, já havia informado que o Município lisboeta não daria dinheiro para esse fim, ao contrário da Câmara do Porto, que se responsabilizou pela montagem do altar para a missa que será celebrada na Avenida dos Aliados.

Bento XVI visita Portugal entre 11 e 14 de Maio, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.

O Papa preside a missas em Lisboa (dia 11 de Maio, às 18h15, no Terreiro do Paço), em Fátima (dia 13, às 10h00) e no Porto (dia 14, às 10h15, na Avenida dos Aliados).

A 12 de Maio vai estar na Capelinha das Aparições (17h30) e na oração de Vésperas na Igreja da Santíssima Trindade (18h00), bem como na recitação do Rosário e Procissão de Velas (21h30), sendo a Eucaristia presidida pelo Card. Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano.

Com site oficial da visita de bento XVI a Portugal

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