O Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Alexis II, enviou votos de Natal ao Papa Bento XVI, bem como a todos os primazes das confissões cristãs que celebram o Nascimento de Cristo a 25 de Dezembro, segundo o calendário gregoriano. “Com a sua vinda à Terra, o Salvador renovou o nosso ser e juntou a natureza de Deus à natureza do homem”, diz a missiva do chefe da mais importante comunidade religiosa da Rússia. “Hoje, plenos de alegria espiritual, festejamos aquele acontecimento grandioso”, acrescenta. O Patriarca de Moscovo desejou aos dignitários religiosos e aos crentes “paz, robustez física e auxílio da parte do Senhor”, agora nascido. De acordo com o calendário juliano, ainda usado na Rússia e em outros países do Leste europeu apenas em Janeiro se celebra o Natal. Esse calendário, que tem um desfasamento de 13 dias em relação ao nosso, começou a ser substituído pelo calendário gregoriano a partir do século XVI – a Rússia e a Grécia só fazem a mudança no século XX. Este é um calendário solar criado em 45 a.C. pelo imperador romano Júlio César para trazer os meses romanos ao seu lugar habitual em relação às estações do ano, confusão gerada pela adopção de um calendário de inspiração lunissolar. César impõe 12 meses com duração predeterminada e a adopção de um ano bissexto a cada 4 anos. No ano da mudança, para fazer a concordância entre o ano civil e o ano solar, ele inclui no calendário mais dois meses de 33 e 34 dias, respectivamente, entre Novembro e Dezembro, além do 13º mês, o mercedonius, de 23 dias. O ano fica com 445 dias distribuídos em 15 meses e é chamado “o ano da confusão”.