D. José Policarpo realizou uma visita pastoral ao maior Hospital psiquiátrico do país, o Júlio de Matos. D. José Policarpo lembrou hoje que a Igreja defende “a dignidade da pessoa humana em todas as circunstâncias”. O Patriarca de Lisboa falava no final da visita pastoral ao maior Hospital psiquiátrico do país, o Júlio de Matos, que acolhe perto de 500 doentes. Após a visita guiada pelo Hospital, em pleno coração de Lisboa, D. José Policarpo sublinhou a vertente de humanização que pôde verificar junto dos profissionais que trabalham no local. “É benéfico, para mim, enquanto Bispo de Lisboa, e como pessoa, o contactar com esta realidade e esta manhã foi, para mim, extraordinariamente enriquecedora, de experiência humana”, assegurou, em declarações recolhidas pela RR. “É muito bonito ver aquilo que é a nossa doutrina habitual de respeito pela dignidade da pessoa humana em todas as circunstâncias, é muito bonito ver isso posto em prática”, acrescentou o Cardeal-Patriarca. O Hospital comemorou 60 anos de existência em 2002. Desde há muitos anos é um dos hospitais de referência internacional em termos de doenças mentais. Na página oficial da instituição refere-se que o Júlio de Matos “tem uma particularidade que o distingue da maioria dos hospitais psiquiátricos: não se limita a ser um centro de tratamento, mas também procura desfazer as ideias feitas que as pessoas têm sobre as doenças mentais”. O Júlio de Matos atende mais de 15000 doentes por ano (cerca de 40000 consultas, 1700 internamentos e mais de 7000 urgências) servindo uma população de mais de 1 milhão de habitantes. Oferece, entre outros serviços, no Hospital e na comunidade: consultas de psiquiatria (geral e especializadas) e de outras especialidades (neurologia, medicina interna, endocrinologia, sexologia, estomatologia); internamentos de agudos (cerca de 10% compulsivos) e de doentes de evolução prolongada; serviço de urgência (24 horas); serviço de reabilitação com residências de treino e transição; psicologia; psicoterapia comportamental; psiquiatria forense; meios complementares de diagnóstico (análises, electroencefalografia, radiologia); grupo de teatro terapêutico; equipas comunitárias multidisciplinares. (Com Rádio Renascença)