Iniciativa é uma meta dos jovens, que já se preparam há dois anos
Porto, 05 mai 2023 (Ecclesia) – Catarina Lopes, dos jovens missionários Cluny, contou à Agência ECCLESIA que se “identificou com o grupo”, destaca o acolhimento em meio universitário e a meta é “conseguir ir em missão”.
“Este é um grupo dinamizado por jovens universitários, na sua maioria, ligado às irmãs de São José de Cluny, foi uma amiga que me convidou no ano passado a vir conhecer o grupo, identifiquei-me e permaneci, fiquei apaixonada desde o início pela forma de acolhimento”, refere a investigadora na área da Engenharia Química.
A jovem, “já com caminhada de fé”, sentia falta de “alguma coisa na vida universitária” e neste grupo de jovens “surgiu como uma oportunidade de crescer”.
A simplicidade é marca da congregação das irmãs, eu vim a conhecer outras casas e outras comunidades, a forma é sempre idêntica, uma forma simples e que nos sabe sempre a casa”.
A irmã Tânia Encarnação acompanha estes jovens, “como grupo e até individualmente em conversas e desabafos”, e sente que esta experiência é “muito gratificante”.
“Acompanho com muita alegria e esta experiência de acompanhar jovens universitárias que se reúnem quase todas as quintas-feiras, tem sido um privilégio acompanhar este grupo, tem sido realmente uma riqueza o que recebemos deste crescimento de fé e de relação uns com os outros”, explica.
A religiosa de São José de Cluny adianta que este grupo “já tem dois anos de caminho” de preparação para a missão que querem concretizar no verão de 2024, em Farim, na Guiné.
“Estes jovens sonham algo muito concreto que é missão na Guiné, a formação que vão tendo na linha espiritual mas também ao nível humano para fazer a grande viagem que é chegar até aos filhos de quem o Senhor colocava no caminho, como dizia a nossa fundadora Ana Maria Javouhey, neste caso Guiné Bissau”, indica.
André Machado, estudante do 5. º ano de Medicina Veterinária, é natural de Cucujães, Oliveira de Azeméis, onde sempre ouviu falar de missão, através dos Missionários da Boa Nova.
“Com a entrada para a universidade vim parar à residência das irmãs e conheci este grupo, desde o borbulhar e imaginar deste grupo, até sonhar esta missão”, recorda.
O jovem, que tem a responsabilidade da logística do grupo, sente que há “perspetivas de fazer mais e melhor” e já contam com uma lista de iniciativas como “concertos orantes, noite de fados e vigílias”.
“Isto já é missão, esta preparação que nos vai levar um mês à Guiné, no verão de 2024, e há coisas que só vamos perceber quando estivermos lá e isso é o mais difícil nesta caminhada”, indica.
Alguns membros do grupo vão participar na edição da JMJ Lisboa 2023, inscritos pela pastoral universitária do Porto e outros pelas paróquias, e, segundo o jovem, “vai ser uma experiência de encontro de culturas”.
A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA, na Antena 1 da rádio pública, este sábado, pelas 06h00, ficando depois disponível online e em podcast.
SN