Assistente do serviço diocesano em Lisboa sublinha importância de responder a «sede» de Deus
Lisboa, 29 out 2014 (Ecclesia) – O assistente do Serviço Diocesano da Pastoral Universitária no Patriarcado de Lisboa considera que a presença católica neste setor deve assumir o desafio do diálogo entre cultura e fé e a “sede” dos estudantes, na “dimensão de encontro”.
“Encontro sobretudo uma grande sede porque no meio deste mundo fragmentado há essa necessidade de encontro com eles próprios, com os outros e é uma porta aberta para o encontro com Deus. O trabalho universitário, o objetivo de carreira, tudo aquilo que prepararam até ali e os objetivos que ainda têm para depois de acabar o curso não esgota aquilo que é o sentido da vida”, explica o padre Nuno Amador.
Nesta perspetiva do encontro, o sacerdote destaca “um dado muito curioso” das que hoje em dia, o que eles mais procuram são esses lugares escolhas que os estudantes fazem privilegiando tempos de oração, a Missa, a direção espiritual ou conversa, a confissão.
“Muitos veem sedentos de poder dialogar e encontrar-se”, observa, em entrevista ao Programa ECCLESIA (RTP2).
Para o assistente diocesano, o “grande desafio”, neste diálogo entre cultura e fé, é fazer diálogo entre o Evangelho “com as expressões da cultura” atual.
“Não só abrir o Evangelho à cultura mas que ele próprio possa ser fazedor dessa cultura”, acrescenta.
A Pastoral Universitária desenvolve várias atividades que começam com a Missa das Universidades no início do ano letivo que congrega os movimentos, centros académicos, algumas residências que “têm oportunidade de mostrar”, a todos os estudantes, docentes, investigadores, “o que prepararam para o seu ano e as propostas em termos de pastoral universitária”, explica o padre Nuno Amador.
Depois, ao longo do ano escolar as atividades desenvolvem-se consoante o calendário litúrgico, com a celebração da Eucaristia de Natal, da Páscoa e, “no final como síntese”, a bênção dos finalistas que “é também um ato de passagem”.
Momentos de oração, encontros e retiros, a organização de debates, “onde a dimensão do diálogo entre a fé e a cultura tem uma expressão muito grande”, são outras atividades que o Serviço Diocesano da Pastoral Universitária no Patriarcado de Lisboa, os centros académicos e os diversos movimentos também promovem para os estudantes.
“Procura-se que outros que não estão ou não veem à Igreja possam aproximar-se a partir dessa reflexão”, desenvolve o sacerdote destacando que “são muitas as propostas”.
Segundo o assistente do Serviço Diocesano da Pastoral Universitária no Patriarcado de Lisboa, a iniciativa “mais universal” é a “missão país”, entre o primeiro e o segundo semestre, depois dos exames.
“Nesta atividade convidam-se os universitários a ir para uma localidade fazer um tempo de missão interna para quem vai e externa de contacto com a comunidade eclesial e civil”, revela.
Para o padre Nuno Amador existe ainda o desafio dos diversos centros, universidades e movimentos da pastoral universitária construírem uma “rede de comunhão” e de se conhecerem.
“Existem muitas pessoas a fazer muitas coisas boas, e às vezes, não sabemos bem o que cada um anda a fazer, permanece o desafio de ligarmos mais as atividades”, disse ainda o assistente do Serviço Diocesano da Pastoral Universitária no Patriarcado de Lisboa.
HM/CB