D. António Moiteiro explicou que «amar como Jesus» é o «segredo da vida e o segredo da realização» de cada um
Aveiro, 19 mai 2025 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro convidou os estudantes universitários a terem “mais caridade nas mãos”, para construir a “cidade nova”, a partir do “mandamento novo” de Jesus, na Bênção de Finalistas, este domingo, na alameda da universidade aveirense.
“Vós começais agora esta fase na vossa vida, depois da vossa preparação, eu gostaria que esta mensagem que Jesus nos dá hoje – o mandamento novo do amor, amar como ele amou – seja também traduzido no ‘mais caridade nas mãos’, isto é, no fazer cada vez melhor o bem aos outros”, disse D. António Moiteiro, na celebração transmitida online pela Diocese de Aveiro.
“O bem que eu faço aos outros é a mim que eu faço, é a mim que me ajuda a construir a minha vida. Peço para vós a bênção de Deus, a força da coragem e, também, uma vez que sois ‘peregrinos da esperança’, construtores de um novo céu e de uma nova terra”, acrescentou, na homilia da Missa, na alameda da Universidade de Aveiro.
D. António Moiteiro, a partir do Evangelho escutado na Missa da Bênção de Finalistas, “o contexto é o da Última Ceia”, explicou que Jesus deu aquilo que “de melhor ele tinha para cada um, o modo como ele procedeu, o modo como ele amou”, e foi isso que propôs aos discípulos: “Dou-vos um mandamento novo, amai-vos como eu vos amei”.
“Está aqui, meus amigos, o segredo da nossa vida e o segredo da nossa realização humana, e para nós cristãos, amar como Jesus ama é dar a vida como ele deu a vida por cada um de nós. O mandamento novo não é amar como os outros me amam a mim, nem é amar como eu amo os outros, não: O mandamento novo é amar como Jesus me ama. Amar os outros como ele nos amou, e ele amou-nos dando a sua vida por cada um de nós.”

O bispo de Aveiro, após reflexão bíblica, convidou os estudantes da Universidade de Aveiro a guardarem o guião da celebração da Bênção de Finalistas 2025 – “recordações que marcam a vida” – onde destacou as várias mensagens, nomeadamente a sua, a do presidente da União dos Antigos Alunos, de Jesus e a do Papa Francisco, que prefere “o cansaço dos que estão a caminho do que o tédio dos que estão parados”.
“Então, meus amigos, terminam um curso e qual é a proposta? Ponham-se a mexer, ponham-se a mexer. E a proposta é ser ‘peregrino de esperança’. Sabem o que significa a esperança? É a coragem e a fortaleza de construir um mundo melhor. A coragem da esperança, que, muitas vezes, exige paciência, mas ser peregrinos da esperança, que é o tema do nosso jubileu, é construir um mundo novo, um mundo diferente”, desenvolveu D. António Moiteiro.
Na ‘Bênção de Finalistas’ 2025, na Alameda do campus da Universidade de Aveiro, onde foi esperada a participação de “mais de um milhar de estudantes”, o bispo diocesano lembrou também o novo Papa, Leão XIV, e explicou a escolha deste nome e o seu contexto, nestes “tempos novos”, com “grandes desafios”, nomeadamente a “revolução industrial tecnológica” e a Inteligência Artificial.
“Os desafios, bem e mal, mas traz-nos muitos desafios. E ele diz que a revolução industrial tecnológica, e também que os desafios da Inteligência Artificial devem ajudar-nos a três coisas, e termino: Promover a dignidade do ser humano, construir a justiça social entre nós, e também trazer novas relações ao mundo do trabalho”, acrescentou o bispo de Aveiro, na celebração organizada por um grupo de alunos finalistas, através do Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC), em parceria com a Universidade de Aveiro.
CB