Pastoral Universitária: Bênção de finalistas é «mais importante do que ter fitas escritas»

Estudantes de Arquitetura e Psicologia referem-se à celebração como um «momento especial» e de agradecimento 

Lisboa, 17mai 2018 (Ecclesia) – Simão Mendes e Beatriz Honório são dois dos estudantes universitários que vão estar na bênção de finalista este sábado, em Lisboa, “um marco para qualquer estudante, mais importante do que ter fitas escritas”.

O finalista do curso de Arquitetura, Simão Mendes, disse em declarações à Agência ECCLESIA que o momento da bênção vai ser especial.

“A bênção é um marco para qualquer estudante, é o culminar deste tempo de estudo, algo mais especial do que acabar o curso ou ter umas fitas escritas”.

O futuro arquiteto sente que a fé “é uma grande ajuda”, um “reforço extra”.

O finalista, natural de Arruda dos Vinhos, é o responsável pela sua faculdade na celebração da bênção que acontece este sábado e vai ser ele a pedir a própria bênção ao cardeal-patriarca de Lisboa, que vai presidir à Eucaristia.

Simão Mendes, que nunca sonhou ser arquiteto nem sequer ingressar no ensino superior, agora olha o futuro com algum receio.

“O desejo de ir para o ensino superior sempre foi a cereja no topo do bolo de vários anos de trabalho e quando pensamos em alguma coisa, não podemos desistir de a ter na mão”, afirmou.

“Agora tenho algum receio de não conseguir logo nos primeiros meses trabalho e o medo de esse receio se prolongar e estes anos de curso de esforço, lágrimas, cabelos brancos e noites sem dormir não se concretizem e ser mais um sonho que se perde”, acrescentou.

Aos 10 anos Simão Mendes integrou o grupo de acólitos da paróquia, atualmente pertence ao grupo de jovens, é escuteiro e membro do conselho pastoral paroquial, uma vida que necessita de “muita organização de tempo”.

“O que interessa é ir fazendo tudo, ter a agenda sempre atualizada com partilha direta para o computador para acrescentar ou alterar alguma coisa em qualquer lado.

As tecnologias aqui ajudam muito”, afirmou.

Beatriz Honório é finalista do curso de Psicologia e sente este dia da bênção como uma forma de agradecer.

“É o culminar de cinco anos que agradeço pelas pessoas que conheci, pelo meu crescimento… Quando vim para Lisboa tudo era gigante, fazia-me confusão os transportes, era muita gente, e agora sinto-me à vontade”, recorda.

Sente o dia de sábado como “um momento especial e dedicado”, onde o agradecimento ganha forma porque sabe haver “tanta gente a pensar nele, para termos estruturas, o palco”, para os finalistas terem um “tempo para agradecer”.

Natural de Tomar, da paróquia de Alviobeira, onde é catequista, Beatriz Honório veio estudar para Lisboa mas o fim-de-semana era para ir a casa.

“As minhas amigas da faculdade combinavam saídas ao fim-de-semana e eu ia a casa para ir dar catequese, elas estranharam muito porque não era realidade para ela”, lembra.

“Foi preciso muito de mim para que percebessem que levo a fé muito a sério, cresceu a amizade e a percepção que hoje têm da religião por minha causa”, referiu.

Do grupo da “mini comissão de finalistas” da faculdade de Psicologia Beatriz ficou, “naturalmente”, com a representação do curso na bênção e até vai ser a finalista que este sábado vai fazer a saudação.

A futura psicóloga olha esta missão como um momento importante e olha o futuro, apesar das sombras,  com confiança.

“Vai haver muitas sombras, tendo este curso de psicologia não vai ser fácil, mas há em mim a mesma confiança de quando vim para o primeiro ano da faculdade”, conclui.

SN/PR

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Agência ECCLESIA

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